Monumento com Orixá que dá nome a praça na praia Olho D'Água na capital maranhense foi alvo de vandalismo e intolerância religiosa.
O monumento é localizado na chamada Praça de Iemanjá, e servia como ponto de referência e também de culto a religiões de matriz africana. A imagem está na região há cerca de 30 anos e passou por restauração feita por um grupo de fiéis em 2019.
O caso foi repudiado pela Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular do Maranhão. O governo do estado definiu o caso como racismo religioso.
"O monumento é alusivo ao processo de luta dos povos de terreiro maranhenses por reconhecimento e liberdade religiosa. Além de um dano ao patrimônio público, trata-se de um ataque de racismo religioso aos povos tradicionais de terreiro que deve ser repudiado e combatido", concluiu a secretaria.
Intolerância religiosa
A maioria das vítimas são feitas por praticantes de religiões como umbanda e candomblé, de raiz africana. Só no primeiros 20 dias de 2023 foram registradas 58 ocorrências no Disque 100, canal para denúncias que violem direitos humanos.
Um relatório da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (Renafro), intitulado Respeite o meu Terreiro, entrevistou 255 lideranças religiosas em todo o território nacional. A amostra — que aponta a concentração de 46% dos terreiros no Sudeste — revelou que quase 99% dos entrevistados confirmaram já ter sofrido algum tipo de ofensa.
Fonte: Correio Braziliense
Foto: Reprodução Twitter || DireitosHumanosMA (@sedihpop)
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