Pasta estima também que resultados preliminares de uso ampliado de cloroquina só saiam em até três semanas e registra que os principais fornecedores de kits para testes não têm capacidade de pronta entrega nos próximos 15 dias.
O Ministério da Saúde estima que nos próximos três meses a maioria da população brasileira será exposta ao novo coronavírus, que causa a covid-19. A doença já matou 553 pessoas no país e há 12.056 casos confirmados. A previsão está em boletim epidemiológico da pasta divulgado nesta segunda-feira.
"Nos próximos três meses, a maioria da população do Brasil, principalmente de grandes centros urbanos, será exposta a esse vírus". Há padrões de sazonalidade no Brasil, segundo o documento, para esse tipo de contágio. Na região Sul, o pico da epidemia por vírus respiratórios tende a ocorrer no inverno, entre junho e julho.
A região Norte traz preocupação no período chuvoso, entre março e abril. O governo do Amazonas já solicitou apoio do Ministério da Saúde para envio de respiradores. Nas demais regiões do Brasil, há uma situação intermediária, com casos detectados ao longo de todo o ano, destaca o documento.
O boletim estabelece um prazo de duas a três semanas para a obtenção de resultados do uso de cloroquina associada à azitromicina para tratamento da covid-19. O ministério considera que há "importante potencial", mas afirma que "resultados preliminares de segurança e eficácia do uso deste protocolo para uso ampliado" só será obtido entre 15 e 21 dias. "No entanto, o uso compassivo está sendo adotado amplamente por critério clínico", diz o boletim.
O Ministério da Saúde também prevê, nesse documento, que a produção de testes para diagnóstico está prejudicada por falta de insumos em grande parte do mercado por duas semanas. "Não há escala de produção nos principais fornecedores para suprimento de kits laboratoriais para pronta entrega nos próximos 15 dias", aponta o informe.
A pasta apresenta, no documento, propostas de flexibilização das medidas de "distanciamento social ampliado" para as de "distanciamento social seletivo", no qual apenas alguns grupos mais suscetíveis à doença ficam de fato isolados. Essa transição poderá acontecer a partir de 13 de abril em localidades nas quais casos confirmados da doença não tenham comprometido mais de 50% da capacidade instalada do seus sistemas de saúde.
Em outro trecho, porém, o ministério afirma que os estados que adotaram medidas de distanciamento ampliado devem mantê-las até que o suprimento de equipamentos (leitos, equipamento de proteção individual a profissionais, respiradores e testes laboratoriais), além das equipes de saúde, estejam disponíveis em quantitativo suficiente para fazer "com segurança a transição para a estratégia de distanciamento social seletivo".
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Fonte: Renata Mariz/O Globo
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