O Conselho de Ética da Câmara arquivou hoje a representação do PSL pela cassação do mandato do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), que em uma audiência no início de julho disse ao ministro Sergio Moro que ele é um "juiz ladrão", pela forma como atuou na Lava Jato. O conselho seguiu o voto do relator, deputado Flavio Nogueira (PDT-RJ).
A afirmação foi feita a poucos metros de Moro. O parlamentar fluminense baseou-se nas revelações feitas pelo site The Intercept Brasil sobre os vazamentos de conversas com procuradores da força-tarefa de Curitiba. Braga comemorou o resultado. "Vou reafirmar aquilo que disse na Comissão de Constituição e Justiça, no Conselho de Ética e repito agora: Moro agiu como juiz ladrão", afirmou ele à coluna. "A decisão do Conselho de Ética demonstra que eu não posso ser punido por dizer o que eu disse".
Na opinião do psolista, o Conselho de Ética fez o que tinha que fazer. "O processo foi arquivado com base na imunidade parlamentar, que é uma garantia democrática. E na minha avaliação também porque quem fala a verdade não merece castigo", completou.
Para Braga, a principal ilegalidade de Moro foi ter atuado em um processo sem a imparcialidade necessária, para depois conseguir a recompensa de ser indicado a um ministério no governo Jair Bolsonaro.
Fonte: Chico Alves/UOL
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