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sexta-feira, 10 de maio de 2019

A EDUCAÇÃO RESISTE.

Estudantes, pais e professores realizam protestos contra o desmonte do sistema de ensino iniciado por Jair Bolsonaro. O apoio de instituições internacionais de renome fortalece a luta para impedir a implantação da doutrina de alienação desejada pelo governo.

A causa uniu gerações, categorias e trouxe de volta às ruas na semana passada o saudável barulho do protesto. Em locais distintos do Brasil, pais, estudantes e professores de instituições federais de ensino protagonizaram as primeiras manifestações contrárias ao desmonte da educação brasileira colocado em curso pelo governo de Jair Bolsonaro. Na manhã da segunda-feira 6, enquanto o presidente participava da cerimônia em comemoração aos 130 anos do Colégio Militar do Rio de Janeiro, do lado de fora do local centenas de alunos, acompanhados pelos pais, gritavam por mais recursos à educação. Na mesma hora, em Salvador, estudantes da Universidade Federal da Bahia (UFBA) faziam uma passeata pela preservação do ensino. No dia seguinte, foi a vez de São Paulo sediar mais um ato. Entre universitários, articula-se uma greve para breve. Assim, de maneira ainda tímida, a sociedade começa a reagir contra o ataque sistemático da administração Bolsonaro tendo como alvo os principais centros de produção de conhecimento e palcos de livre pensar do País.
Os movimentos do governo neste sentido começaram há três semanas. Primeiro, Bolsonaro e o ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciaram que reduziriam as verbas destinadas à Filosofia e à Sociologia, duas áreas das Ciências Humanas. Uma semana depois, os dois divulgaram que cortariam em 30% os recursos destinados às Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal da Bahia e Universidade Federal Fluminense (UFF) sob o argumento de que elas estariam fazendo “balbúrdia” e que apresentavam performance acadêmica aquém da desejada. No dia seguinte, a redução foi estendida a todas as federais.
Doutrina da alienação
Bolsonaro deseja implantar no País a doutrina da alienação. Durante a campanha eleitoral, defendeu o Escola Sem Partido, programa de alas conservadoras da sociedade cuja meta é tirar dos colégios o que considera “doutrinação política e ideológica em sala de aula.” Na prática, querem impedir o exercício da crítica em sala de aula. A perseguição às universidades é mais um passo nesta direção. As instituições foram criadas para abrigar a geração de conhecimento, feita a partir do livre trânsito de ideias e sem segmentação de áreas. Hoje, mais do que em qualquer outro tempo, sabe-se que a produção científica deve ser interdisciplinar. Os diferentes campos da ciência – e incluem-se aí os de Humanas – combinam-se para criar e compreender e explicar o mundo em toda a sua complexidade. O pensamento é livre e múltiplo.
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Fonte: Cilene Pereira/IstoÉ
Foto:Sérgio Moraes/Reuters


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