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quarta-feira, 26 de outubro de 2022

INAD PEDE ADIAMENTO DAS ELEIÇÕES ATÉ QUE TSE APURE DENÚNCIA SOBRE INSERÇÕES DE RÁDIO

O Instituto Nacional de Advocacia (Inad) enviou, nesta quarta-feira (26), um ofício ao procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, no qual pede que seja enviada representação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) requerendo o adiamento do segundo turno da eleição presidencial.

Segundo o instituto, como faltam quatro dias para a votação, o adiamento seria necessário para que a Justiça Eleitoral possa esclarecer a denúncia feita pela campanha de Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, na última segunda-feira (24). Segundo a denúncia, nas últimas duas semanas o mandatário teria tido 154 mil inserções de rádio a menos do que a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nesta quarta, o TSE exonerou um servidor que atuava como coordenador do pool de emissoras e que tinha a responsabilidade de disponibilizar as inserções da propaganda eleitoral a serem feitas no rádio e na televisão.

“Entendemos que não adianta ter pressa ou desespero para a conclusão do processo eleitoral se ainda existir dúvidas sobre a idoneidade do pleito gerido pelo TSE, uma vez que está claro que existe uma possibilidade real da existência de favorecimento midiático/econômico ao candidato Lula com milhares de inserções de propaganda eleitoral a mais do que o seu adversário político, gerando a quebra de isonomia nas eleições presidenciais”, diz o Inad no ofício.

Os representantes do instituto também pedem a abertura de inquérito para investigar a denúncia e apurar eventual participação da coligação petista em suposta fraude com o fim de beneficiar Lula. Por fim, os signatários querem que sejam notificadas todas as emissoras de rádio e televisão do país para apresentarem as mídias com o conteúdo integral exibido nos últimos 30 dias, bem como relatório indicando a faixa de horário que exibiram as propagandas eleitorais.

“(...) inexistindo tempo hábil para a minimização dos prejuízos para a chapa do Presidente Bolsonaro, acreditamos que não há outra solução a ser tomada que não seja a do adiamento das eleições presidenciais para a investigação do fato e verificação da possível participação da chapa beneficiada com as inserções de propaganda eleitoral na prática de crime de abuso de poder midiático/econômico (...)”.

Fonte: Gabriel Sestrem/Gazeta do Povo

Foto: Alan Santos/PR

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