Michelle Bolsonaro, Janja e Giselle Bezerra são vistas como trunfo para atrair eleitorado feminino.
As mulheres dos principais candidatos a presidente da República entraram de vez na trincheira eleitoral que terminará na escolha do próximo ocupante do Palácio do Planalto. Em lados opostos, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, que se casará na quarta-feira com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fizeram movimentos públicos recentes na direção do público feminino, que corresponde a 53% do eleitorado.No domingo passado, Dia das Mães, Michelle fez um pronunciamento em cadeia de rádio e TV. No sábado, Janja pediu a palavra no palco do lançamento do pré-candidatura do namorado, em São Paulo. Daqui para frente, se depender das campanhas do presidente Jair Bolsonaro e de Lula, nenhuma delas deve sair dos holofotes. A mulher de Ciro Gomes (PDT), a produtora e ex-dançarina Gisele Bezerra, também começou a apresentar uma live semanal ao lado do marido. Mais discretos, Eduardo Rocha, marido da senadora e pré-candidata do MDB Simone Tebet, e a mulher de João Doria, Bia Doria, não deverão assumir papéis de destaque durante a campanha.
Dentre todas, a missão da atual primeira-dama tende a ser a mais difícil. Bolsonaro soma apenas 21% das intenções de voto entre as mulheres, de acordo com levantamento do Datafolha divulgado no dia 24 de março. Líder das pesquisas, Lula soma 46%. A mesma sondagem revelou que o titular do Palácio do Planalto acumula 60% de rejeição no eleitorado feminino, o que é um dos principais motivos de preocupação do grupo que atua pela reeleição do presidente.
Esses aliados de Bolsonaro enxergam em Michelle um trunfo para suavizar a imagem do presidente. É consenso entre os integrantes da campanha que a primeira-dama deva acompanhar o marido em viagens pelo país e passar a se expor mais para defender as ações do governo, como fez no último domingo. Na ocasião, ele foi à TV ao lado da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Cristiane Britto. Ambas defenderam políticas do governo voltadas às mulheres. A participação de Michelle não foi combinada com a campanha, segundo O GLOBO apurou, mas deu resultado. O número de acessos ao Sistema Nacional de Direitos Humanos, plataforma do ministério, aumentou sete vezes em maio, após o pronunciamento.
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Fonte: Agência O Globo/Folha de Pernambuco
Foto: Reprodução
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