Segundo a diretora do DVS, Vaneska Gadelha, um gabinete de crise foi instalado em razão da epidemia para intensificar os trabalhos de combate e tratamento dos focos do mosquito. No âmbito dos trabalhos, explica Gadelha, o Centro de Controle de Zoonoses de Natal (CCZ) identificou, por exemplo, que o descarte irregular de pneus em vias públicas é o principal criadouro para o Aedes aegypti na cidade.
Vaneska Gadelha afirma que são quase 3 mil pneus recolhidos por semana. Desses, 60% representam foco positivo para a dengue. Todo o material é levado para um galpão coberto da Urbana, de onde é destinado às empresas produtoras de pneus. “Existe uma lei que responsabiliza as empresas pelo lixo que elas produzem. Portanto, é delas o dever de descartar esses produtos”, esclarece a diretora do DVS.
Mas o material recolhido em vias públicas não é a única preocupação do Departamento de Vigilância em Saúde de Natal. A deficiência em vistorias a residências em alguns bairros de Natal também tem mantido aceso o sinal de alerta do DVS. Isso porque, segundo Vaneska Gadelha, de cada 10 imóveis visitados, 7 apresentam focos do Aedes aegypti. “A deficiência não questão das vistorias se dá pela dificuldade das pessoas em aceitar a visita do agente de endemias. Há também o problema dos imóveis fechados”, afirma.
Sobre os imóveis fechados, a diretora do DVS esclarece que há um esforço para a localização dos donos ou responsáveis a fim de que sejam realizadas as vistorias nesses locais. “O CCZ está sempre na situação de tentar localizar o dono e de pedir para alguém responsável vir até a casa para permitir a vistoria”, disse Vaneska Gadelha.
Fonte: Tribuna do Norte
Foto: Getty Images
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