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segunda-feira, 12 de outubro de 2020

VACINA CONTRA O CORONAVÍRUS COMEÇA A SR ENVASADA AINDA ESTE MÊS, AFIRMA DIRETOR DO INSTITUTO BUTANTAN

Em entrevista ao programa "Timeline", Dimas Covas deu detalhes sobre o desenvolvimento e entrega da imunização ao Ministério da Saúde.


O diretor do Instituto Butantan Dimas Covas trouxe boas notícias para os brasileiros acerca do desenvolvimento da vacina contra o coronavírus nesta terça-feira (6). Em entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, o pesquisador afirmou que a imunização começará a ser envasada ainda em outubro e que a previsão é de que um número significativo de doses seja entregue ao Ministério da Saúde até dezembro. 

Diante das datas previstas, Covas acredita que o Brasil possa ser um dos primeiros países a usar uma vacina em massa. No entanto, explicou que o processo de distribuição é feito pelo Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, cabendo ao Butantan somente a testagem, produção e entrega da imunização registrada. 

— Nós teremos uma vacina já com um volume considerável de 46 milhões de doses no final deste ano. Então, em princípio, em meados do ano que vem, a partir de janeiro de 2021, o nosso Ministério poderá disponibilizar essa vacina para iniciar o programa de vacinação — disse.

O diretor contou ainda que o Instituto está em contato com o Ministério desde o começo do desenvolvimento da imunização. Segundo ele, as conversas agora estão chegando em um ponto de definição, considerando que o final do ano se aproxima:  

— Ainda essa semana vamos ter uma reunião com o Ministério da Saúde, e espero que essa definição possa ser de fato oficializada, então o próprio ministério pode começar a trabalhar com datas já prevendo a vacinação. 

Questionado sobre o tempo necessário para imunizar a população, Covas citou como exemplo a campanha de vacinação da gripe, que começou em março e se estendeu até maio. Ele também esclareceu que para atingir todos os municípios brasileiros é necessário desenvolver uma logística complexa, que requer tempo. 

De acordo com o pesquisador, a vacina tem como finalidade diminuir a gravidada da doença nos grupos de risco e, por isso, aqueles que estão mais expostos ao vírus ou que têm mais risco de desenvolver as formas graves da doença serão imunizados primeiro. 

— Normalmente, em uma campanha, o tempo de imunização das populações alvo é de dois a três meses. Está nessa linha os profissionais da saúde, os idosos, pessoas com comorbidades, grávidas, populações vulneráveis por si só, como os indígenas, então você tem naturalmente critérios para iniciar a vacinação e progressivamente você vai estender. Mais ou menos o que acontece hoje com a vacinação da gripe — explicou. 

Em relação aos próximos passos, Covas garantiu que o Brasil terá a vacina pronta em dezembro, pois o Instituto já iniciou o processo de produção. A única dúvida, no entanto, está relacionada ao registro, que é feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), demonstrando que a vacina é eficaz e segura, e ao uso, que será definido pelo Ministério. 

— Nós estamos trabalhando sem parar nesse desenvolvimento, e a vacina já começa a ser envasada, a ser colocada nos frascos, agora em outubro — finalizou o diretor.

Fonte: Gaúcha ZH


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