Depois de não lançar candidato ao governo estadual em 2018, mesmo tendo comandado o Rio nos 12 anos anteriores, o partido escolheu o vereador Paulo Messina para disputar a prefeitura em novembro.
Após ter seus principais líderes presos por corrupção — como os ex-governadores Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão, além do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani —, o MDB busca renascer na cidade do Rio com um recém-chegado. Depois de não lançar candidato ao governo estadual em 2018, mesmo tendo comandado o Rio nos 12 anos anteriores, o partido escolheu o vereador Paulo Messina para disputar a prefeitura em novembro.
Eleito pelo PROS com 15 mil votos, o que o deixou em apenas 30º lugar na corrida para a Câmara Municipal em 2016, Messina filiou-se ao MDB há três meses — após passar por Republicanos, PRTB e PSD na mesma legislatura. O vereador ganhou projeção no cenário político carioca ao se tornar um dos principais aliados do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos). Como chefe da Casa Civil, chegou a ser apelidado de “primeiro-ministro” por causa de sua influência sobre as secretarias municipais. No ano passado, entretanto, Messina rompeu com o prefeito e virou um de seus principais críticos. Agora, questiona o aumento de gastos e o “desequilíbrio fiscal” da administração.
O casamento entre o MDB e Messina busca atender aos anseios dos dois. Se o vereador mira voos mais altos, a sigla busca passar uma borracha no passado recente. Cabral, Picciani e Pezão se desfiliaram do partido no ano passado, após mais de duas décadas na legenda. No acordo, o MDB entregou a Messina o controle do diretório municipal.
O vereador não acredita que a ficha corrida do seu atual partido no poder possa prejudicar sua candidatura.
— Prejudicados serão os candidatos que tiveram relação com essas figuras que fizeram parte do partido. Esses candidatos é que terão que explicar essas relações. Não tenho com o que me preocupar, porque não faço parte desse passado. Eu sou o presente e o futuro do partido e da cidade — afirmou o vereador, em uma referência indireta a Eduardo Paes (DEM), que foi prefeito por dois mandatos pelo MDB e, em abril de 2018, filiou-se ao DEM para disputar o governo estadual.
Fonte: Paulo Cappelli/O Globo


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