O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), têm discutido com empresários, políticos e juristas a formação de o que chamam "um cinturão de apoio às instituições" contra os ataques de bolsonaristas.
Maia e Moraes têm se encontrado regularmente em jantares na residência oficial da Câmara. Mas as conversas não ficam somente entre os dois. Empresários de peso, como Jorge Moll Filho, principal acionista da rede D'Or de hospitais, também foram chamados para essas conversas.
Jorge Moll é frequentador assíduo das listas de brasileiros incluídos no levantamento da revista Forbes sobre os homens mais ricos do mundo. Na última cotação da revista, figurou com uma fortuna de US$ 2,3 bilhões.
Tanto ao presidente da República como aos políticos em geral, nomes de peso do empresariado têm deixado claras suas preocupações com as consequências da instabilidade política sobre a economia do país, já abalada pela crise do coronavírus.
Os encontros de Maia e Moraes com empresários, juristas e políticos têm sido mantidos em sigilo para não alimentar teorias conspiratórias dos bolsonaristas de que seria um movimento pela derrubada do governo.
Mas o presidente Jair Bolsonaro já foi informado de sua ocorrência e é exatamente assim que ele avaliou: o parlamentar e o ministro do STF estariam urdindo, desde o início do ano, um plano para o impeachment do chefe do Executivo.
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