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sábado, 27 de junho de 2020

MORTES POR CORONAVÍRUS NO BRASIL ACONTECERAM ANTES DO QUE SE SABIA

Dados do Ministério da Saúde mostram que mortes no início da pandemia são maiores do que as contabilizadas à época e começaram em 15 de março.

Ao tentar manipular os dados da Covid-19, abrindo uma crise recente em meio à pandemia, a atual gestão do Ministério da Saúde defendeu que as mortes deveriam ser divulgadas pela data da ocorrência, e não mais pelo dia em que foram notificadas ao governo federal — o que ocorre quando há a confirmação da Covid-19, procedimento que pode levar semanas após o óbito.
O gráfico nesse formato, no entanto, revela que a doença chegou muito mais letal ao país do que se sabia, segundo cruzamento de dados oficiais feito pelo GLOBO.
A nova forma de apresentar os números mostra que a primeira morte pela doença no país aconteceu em 15 de março, dois dias antes do primeiro registro oficial. No dia 17, quando o ministério anunciou pela primeira vez uma vítima fatal de Covid-19 no Brasil, oito pessoas já haviam morrido por causa da doença.
Em março, o novo coronavírus matou 666 pessoas no Brasil, enquanto a quantidade divulgada no período, a partir dos óbitos que eram esclarecidos, foi de 201 vítimas. O dado real, portanto, é mais do que o triplo do que estava contabilizado até então para o mês.
Em abril, a discrepância se repete. As mortes confirmadas diariamente pela pasta, com base nas notificações recebidas, somaram 5.711, mas o número totaliza mais que o dobro: 11.544 óbitos ocorreram no período.
No mês de maio, o número de mortes por data de ocorrência (24.741) também superou a quantidade noticiada pela pasta (23.402), a partir das notificações dos estados, embora os dados tenham ficado mais próximos.
Essa diferença é explicada devido ao atraso na investigação de parcela significativa de mortes, principalmente no início da doença no Brasil, quando a falta de insumos para testes e de laboratórios qualificados era maior.
Assim, muitos óbitos ocorridos nos primeiros meses da pandemia no país só foram esclarecidos em período posterior, quando houve a notificação ao Ministério da Saúde.
Somente após ser notificado, o Ministério da Saúde inclui o dado no boletim diário como "novas mortes". Essa metodologia foi adotada desde o início da pandemia da Covid-19 no país, ainda na gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, para dar transparência sobre o avanço da doença no país.
LEIA MATÉRIA COMPLETA AQUI

Fonte: Renata Mariz/O Globo
Foto: Bruno Kelly/Reuters

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