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sábado, 27 de junho de 2020

WASSEF COMETEU CRIME AO ABRIGAR QUEIROZ? O QUE DIZEM CRIMINALISTAS

A conduta de Frederick Wassef no Caso Queiroz é passível de investigação na opinião de juristas ouvidos pelo UOL. O advogado admitiu em entrevista à revista Veja ter abrigado Fabrício Queiroz na casa onde foi preso preventivamente na semana passada, em Atibaia (SP), e no litoral paulista.
Apesar de Queiroz não ser considerado foragido da Justiça no período, o MP-RJ (Ministério Público do Rio) aponta o advogado como o responsável por articular a ocultação do paradeiro do ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) em meio às investigações sobre o suposto esquema de rachadinha na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio).
O Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-SP abriu processo administrativo para apurar a conduta de Wassef no Caso Queiroz. O advogado não foi localizado para comentar o caso.
O criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, pondera que Queiroz não era considerado foragido. E, por isso, não é possível apontar crime. Contudo, diz acreditar que há elementos para investigar a conduta do homem que ficou conhecido como o advogado da família Bolsonaro.
"Ele era o advogado do presidente e do Flávio Bolsonaro. Há indícios de que ele dava casa e até pagava hotel para o Queiroz. Tudo isso tem um custo, e ninguém faz isso por razões humanitárias. Nesse momento, não se pode imputar crime. Mas é motivo para investigar se houve crime de obstrução de justiça", observa.
Em um segundo momento da investigação, Kakay acredita que o MP-RJ precisa comprovar se Wassef cometeu crime. Para isso, a investigação precisa apontar se Queiroz saiu do circuito por vontade própria ou por orientação da família Bolsonaro, diz.
"É preciso investigar por que ele [Wassef] fazia essa proteção ao Queiroz. É inconcebível acreditar que Flávio e o presidente não sabiam de nada. Se o Wassef manteve o Queiroz em sua casa para evitar uma delação, isso seria crime de obstrução. Ele poderia estar agindo para defender os interesses da família Bolsonaro. Mas, por enquanto, não há crime".
Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, advogado
O criminalista Anderson Bezerra Lopes concorda. "É difícil imaginar algum tipo de conduta criminosa do advogado só porque ele emprestou o imóvel. Não havia mandado de prisão contra o Queiroz", argumenta. "Enquanto não houver uma prova contundente que prove que o advogado estava orientando o Queiroz e outras testemunhas, não será possível estabelecer uma conduta irregular. Por enquanto, não há crime."
Já o criminalista Wallace Martins, da Anacrim (Associação Nacional da Advocacia Criminal), tem outra interpretação do Caso Queiroz. Para ele, as informações reveladas pela investigação já permitem relacionar Wassef com o crime de obstrução de justiça.
Ele nem era advogado do Queiroz. Isso leva a crer que ele o escondeu para proteger a família Bolsonaro de um depoimento prejudicial. Parece que a forma que ele encontrou de proteger o Flávio foi escondendo Queiroz para que ele não fosse preso e não fizesse uma delação premiada 
Wallace Martins, advogado
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Fonte: Herculano Barreto Filho/UOL
Foto: Mateus Bonomi/Agif - Agência de Fotografia/Estadão Conteúdo

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