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segunda-feira, 22 de junho de 2020

DA INEVITÁVEL NECESSIDADE DE ADIAMENTO DAS ELEIÇÕES EM FACE DA PANDEMIA

Se eleições fossem suspensas por decisões judiciais sem data para novo pleito, quem assumiria os cargos?

Vivemos uma tragédia sanitária em escala mundial. Os números diariamente atualizados mostram a força destruidora da Covid-19. E infelizmente, sem termos certeza de quando superaremos este desafio.
Este cenário catastrófico obrigou que os governos pelo mundo afora adotassem medidas para tentar frear a disseminação do vírus, dentre as quais se destaca o isolamento social.
Tal medida forçou a diminuição da circulação de pessoas, bens e serviços, o adiamento de eventos de grande porte (como as Olimpíadas de Tóquio), suspensão de torneios de todos os esportes, o fechamento de shoppings, restaurantes, praias, clubes e muito mais! O FMI já prevê que a crise econômica decorrente da pandemia será a pior desde a Grande Recessão.
A triste situação que nos assola já causa nefastos e concretos efeitos nas relações sociais, econômicas, políticas e jurídicas. No meio do caminho, aproxima-se algo de importância ímpar para o Estado brasileiro e, em especial, para o povo, titular do Poder: o Processo Eleitoral.
As eleições municipais têm data prevista para o primeiro domingo de outubro vindouro e, naqueles municípios onde houver segundo turno, no último domingo do aludido mês. É impossível termos processo eleitoral, tanto o micro quanto o macro, diante do necessário isolamento social, que já comprometeu boa parte do prazo de pré-campanha.
Se fossem hoje, as campanhas não contariam com comícios, panfletagens, passeatas, corpo a corpo, reuniões, etc. Do contrário, os atos democráticos se transformariam em vetores da propagação do vírus. Neste contexto, vários e acirrados debates começam a tomar forma, dentre os quais a necessidade de adiamento das eleições.
O Judiciário, por sua cúpula, em claras manifestações dos seus ministros, em especial exemplo Luís Roberto Barroso, Presidente do TSE, tem demostrado justa preocupação com a realização das eleições nas datas previstas legalmente.
Como não poderia ser diferente, o debate também fora suscitado no Congresso Nacional que, por informe dos presidentes de Câmara e Senado e de diversos líderes, já se mobiliza no sentido da gestação de comissão especial com objetivo de debater um possível adiamento das eleições, além de haver inúmeras proposições sobre o tema em tramitação.
Alguns traços iniciais já tomam forma, como a previsão da possível remarcação das datas do primeiro e segundo turnos para os dias 15 de novembro e 06 de dezembro, respectivamente, ou em datas próximas. Lembrando que não é viável adiar muito para o final de dezembro pois dificultaria que a Justiça Eleitoral conseguisse julgar as contas eleitorais e diplomar os eleitos em tempo tão curto.
LEIA MATÉRIA COMPLETA AQUI

Fonte: Rubens Pereira Júnior/Jota
Foto: Roberto Jayme/Ascom/TSE

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