Na saída, ex-prefeito paulistano ironiza padrinho político: 'Derrota abala'.
O esfacelamento do PSDB ficou evidente na reunião da direção nacional da sigla, nesta terça-feira (9), em Brasília. Num episódio atípico para seu perfil, Geraldo Alckmin, presidente do partido, insinuou que João Doria é traidor.
Candidato da sigla ao governo de São Paulo, Doria cobrava uma autoavaliação do PSDB depois de derrotas em diferentes frentes na eleição, a começar pela de Alckmin na disputa presidencial.
Áudio da discussão obtido pelo jornal "O Estado de S. Paulo" revela que neste momento Alckmin interrompe o ex-prefeito paulistano. "Traidor eu não sou", diz o ex-governador. Em seguida, uma voz abafada não identificada emenda: "E nem falso".
O ex-prefeito responde, tentando contemporizar: "Precisamos ter uma conduta com calma e equilíbrio. Estou tratando com calma e equilíbrio. Não de forma passional".
Na saída, Doria afirmou ao Painel, da Folha, que saía "em paz e sem ressentimentos". "Não saio com nenhuma mágoa." Ele deixou a reunião antes de seu término.
A reunião aconteceu a portas fechadas, mas o entrevero foi relatado à Folha por participantes enquanto ainda estava em curso.
Doria iniciou sua fala pedindo uma salva de palmas para Alckmin, derrotado no primeiro turno da disputa presidencial. O ex-governador, então, fez sinal de não com as mãos. Segundo aliados, Doria interpretou o gesto como um "não precisa". Já alckmistas dizem que ele estava mesmo recusando a homenagem.
Ao deixar a reunião, Doria disse a jornalistas que discutiu com Alckmin porque a legenda não se programou financeiramente para o segundo turno nas disputas estaduais e foi irônico ao se referir ao presidenciável derrotado.
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Fonte: Folha de São paulo
Foto: Pedro Ladeira/Folhapress


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