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domingo, 12 de julho de 2020

ESCOLA COBRA 12 MIL POR MÊS E NÃO DÁ AULA ON-LINE NA QUARENTENA, DIZEM PAIS

Um grupo indignado de pais de alunos da escola americana Avenues São Paulo, que cobra cerca de R$ 12 mil de mensalidade, se queixa de que seus filhos não tiveram nem um dia de aula on-line durante a quarentena determinada pela pandemia de covid-19. "Foi a única escola desse nível que não ofereceu ensino à distância. Mandavam fazer pesquisas sobre temas genéricos, mas não havia acompanhamento em caso de dificuldade nem controle das atividades", diz a mãe de um garoto de 9 anos.
Nenhum dos entrevistados quis se identificar, inclusive os que estão satisfeitos com a escola, alegando que não gostariam de expor o filho, ou a própria vida pessoal.
A mais cara de SP
Instalada em um terreno de 40 mil metros quadrados na zona sul de São Paulo, a Avenues SP é um braço da matriz novaiorquina e chegou ao Brasil vendendo a ideia de uma "educação global transformadora, voltada para o futuro e focada no protagonismo do aluno".
Na ocasião em que foi inaugurada, em 2018, logo ficou conhecida como "a escola mais cara de São Paulo". Muitos foram atraídos por isso: "Tem pai que enxerga na Avenues a possibilidade de incrementar o networking (contatos profissionais lucrativos)", diz um dos insatisfeitos, que acaba de tirar de lá o filho de 13 anos.
2 + 2 = 4
Ele faz parte do grupo que se queixa de que a Avenues não promove nada que compense o período de 7hs em que os alunos passavam na escola — de 8h às 15h. "Simplesmente não há aula. Mandam os alunos pesquisarem, por exemplo, sobre a covid-19, o que eu até acho bom, mas isso durava no máximo uns 30 minutos; o resto do dia era livre. A direção diz que tem um 'projeto arrojado', que ali ninguém vai ter aulas nos moldes convencionais, mas 2 + 2 continuam sendo 4. Minha filha não evoluiu absolutamente nada em matemática. Eu ficava horrorizado quando ela me pedia ajuda", diz o pai de uma adolescente de 14 anos.
Ele decidiu levá-la de volta para a escola em que ela estudava antes. Diz que, para alcançar a antiga turma, a menina precisou tomar aulas particulares das "matérias convencionais": "Minha filha mais velha, que ficou na outra escola e passou no vestibular para direito da GV [Fundação Getúlio Vargas] aos 16 anos, disse que a mais nova, se continuasse naquele ritmo, não teria condição de entrar em nenhuma faculdade. Eles (Avenues) sequer seguem o currículo estabelecido pelo MEC (Ministério da Educação). Eu me sinto lesado não só pelo atraso dela nas matérias básicas, mas também pelo que eu investi financeiramente."
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Fonte: Paulo Sampaio/UOL
Foto: Divulgação


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