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quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

TSE CASSA "MORO DE SAIAS": SENADORA JUÍZA SELMA, ELEITA COM DISCURSO ANTI-CORRUPÇÃO, COMETEU CAIXA 2

Plenário do Tribunal Superior Eleitoral cassou mandato de senadora Juíza Selma e de seus dois suplentes por terem omitido contrato de R$ 1,5 milhão à Justiça Eleitoral.

Eleita com 678,5 mil votos pelo PSL, como senadora do Mato Grosso do Sul, por carregar nos discursos contra a corrupção, o que lhe rendeu o apelido de “Moro de saias”, a juíza Selma (agora no Podemos) teve a cassação do mandato confirmado pelo plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por 6 votos a 1.
A maioria dos ministros da corte – Luis Felipe Salomão, Tarcisio Vieira, Sérgio Banhos, Luís Roberto Barroso e Rosa Weber – acompanharam o relator, Org Fernandes, na decisão de manter a condenação do Tribunal Regional Eleitoral do Mato Grosso (TRE-MT), em abril.
O advogado da parlamentar, Gustavo Guedes, tentou reverter a decisão, afirmando na tribuna do TSE que a juíza sofre perseguição no Mato Grosso do Sul por enfrentar poderosos locais.
Mas, segundo o relator do caso no TSE, Selma omitiu um contrato de R$ 1,5 milhões assinado por ela e seu primeiro suplente Gilberto Possamai. O valor coincide com o total de dois cheques usados pelo suplente para pagar as despesas com a campanha da candidata, mas em período pré-eleitoral, descumprido as regras de concorrência.
O ministro Fernandes pontuou ainda que as movimentações extra-oficiais foram confirmadas por testemunhas, incluindo representantes das empresas contratadas para prestarem o serviço de campanha.
“Ou seja, não houve registro algum desses valores na contabilidade oficial da chapa, demonstrando evidente má-fé dos candidatos que tentavam evitar a fiscalização da Justiça Eleitoral”, completou o magistrado.
Outro ministro que votou pela cassação da juíza Selma, Luis Felipe Salomão, afirmou não ter dúvida do crime de caixa dois, observando que o valor corresponde a cerca de 70% do valor declarado ex-candidata à Justiça Eleitoral.

Fonte: Jornal GGN
Foto: Ane de Araújo/Agência Senado

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