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sábado, 28 de dezembro de 2019

IDOSO DEIXA O TRABALHO PARA VIVER COM AMIGO COM CÂNCER TERMINAL EM ALBERGUE

Severino Francisco dos Santos, 63, se mudou para o Albergue Municipal de Maceió para ficar ao lado do amigo Hipólito, que está com câncer terminal.

Essa não é uma história que você vai ouvir muitas vezes na vida. O recifense Severino Francisco dos Santos, 63, chegou em Maceió no começo do ano, vindo de Brasília após um desentendimento familiar. Antes de chegar a Alagoas tentou, sem sucesso, achar seus familiares no Recife. Aportou na capital alagoana e foi acolhido pelo Albergue Municipal no final de agosto, onde passou a dormir e fez aquele que é hoje seu melhor amigo: Hipólito, 62.
Há dois meses, entretanto, a vida de Hipólito — e, consequentemente, a de Severino — mudou. Ele deixou o trabalho de vendedor de picolé para não só dormir, mas morar no albergue. A ideia é apoiar, estar ao lado do amigo que descobriu um câncer em fase terminal.

"Ele vinha dormir todo dia, e eu o esperava. Mas aí teve um dia que deu 21h e ele não chegou. Fiquei preocupado e resolvi ligar para ele. Foi quando ele disse que teve uma dor e foi bater no hospital" 
Severino Francisco dos Santos, sobre o amigo Hipólito

Depois de exames, os médicos atestaram um câncer disseminado e em grau avançado. A esperança de tempo de vida de Hipólito, então, foi abreviada para menos de seis meses. "Nós conversamos muito, ele está consciente de tudo. Ele é muito forte, está enfrentando bem",afirma.
Severino diz não temer a morte. "Desencarnar é como uma viagem que alguém faz para um lugar longe, que não tem internet ou telefone. Não podemos nos falar, mas ele está lá, e um dia vamos nos encontrar, porque eu também irei para lá", conta.
Severino tem como única renda hoje o benefício do Bolsa Família, no valor de R$ 88 mensais. Mas ele conta que conseguiu juntar, em dois meses de venda de picolés nas ruas de Maceió, R$ 1.500.
"É com esse dinheiro que a gente consegue comprar remédio e as coisas que ele precisa".
Juntos na quimioterapia Impossibilitado de andar, Hipólito não pôde dar entrevista ao UOL. Por questões de privacidade, o albergue orientou que seria melhor evitar a exposição, como fotografias ou informações de sobrenome. "Ele está muito sereno, tem o apoio muito importante do Severino", diz o psicólogo do albergue Manoel Vieira de Carvalho.
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Fonte: Carlos Madeiro/UOL
Foto: Beto Macário/UOL

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