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sábado, 22 de setembro de 2018

HOMEM QUE FOI CONFUNDIDO COM ACUSADO DE CHEFIAR QUADRILHA DE ROUBOS DE CARGA DEIXA A PRISÃO.

Rodrigo Lima da Silva, de 30 anos, foi acusado de chefiar uma quadrilha de roubo de cargas que atua na Avenida Brasil.

Após passar cinco dias preso na Casa de Custódia de Benfica, na Zona Norte do Rio, Rodrigo Lima da Silva, de 30 anos, foi solto às 16h30 desta sexta-feira. Ele foi acusado de chefiar uma quadrilha de roubo de cargas que atua na Avenida Brasil. A família do jovem travou uma batalha para provar que o rapaz foi confundido com um homônimo. Rodrigo era considerado foragido há oito meses e foi preso ao se apresentar espontaneamente em uma audiencia no fórum de São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
Ao sair da cadeia, Rodrigo foi erguido do solo pelo irmão. O pai, o aposentado Antônio José da Silva Filho, de 70 anos, levantou os braços para os céus e a mãe de Rodrigo, Jonaci Lima da Silva, de 68, não conteve as lágrimas.
— Eu não conseguia dormir, não conseguia comer, não conseguia pensar em outra coisa. Mas minha família é honrada e eu sabia que a Justiça viria — desabou ela.
Fora da prisão, Rodrigo contou que a glicose dele ficou alterada enquanto esteve na cadeia.
— Foi muito difícil. Todos os dias foram difíceis. Mas agora saí e estou junto da minha família — comemorou.
O alvará de soltura foi expedido nesta sexta-feira, pela 2ª câmara da vara criminal de São João de Meriti. De acordo com a decisão, o Ministério Público estadual se manifestou favoravelmente ao relaxamento de prisão por haver dúvidas quanto à identidade do acusado.
De acordo com o advogado Denilson Pujani, embora tenha conquistado liberdade condicional Rodrigo vai continuar respondendo à acusação.
ENTENDA O CASO
A tia do preso, Waleska Lopes, diz que Rodrigo teve os documentos roubados em 2016 e sua identidade teria sido usada pelo verdadeiro criminoso para adquirir uma linha telefônica. A partir dessa linha, que foi rastreada pela polícia, os investigadores teriam chegado até os dados de Rodrigo.
No dia 11 de janeiro deste ano, a Policia Civil deflagrou uma operação para desarticular uma quadrilha de roubo de cargas. Onze pessoas foram presas naquele dia. Rodrigo não foi encontrado. Mas, em uma residência na Pavuna que constava como sendo dele, no mandado de busca e apreensão, a polícia encontrou objetos roubados.
De acordo com a família, o jovem passou os últimos oito meses lutando para comprovar que não cometeu o crime. Enquanto o criminoso apontado pela polícia morava na Pavuna, Rodrigo sempre morou em Campo Grande, na casa dos pais. O jovem trabalha com carteira assinada desde 2011. No último emprego, cujo contrato está suspenso, ele recebia R$ 1.080 por mês para atuar como técnico de redes. Segundo a família, o rapaz sofre de diabetes e precisa fazer duas aplicações diárias de insulina.
Durante o período em que Rodrigo esteve foragido, seu advogado de defesa chegou a pedir a revogação da prisão e um habeas corpus, mas os pedidos foram negados.
Na última segunda-feira, ao comparecer a uma audiência no fórum de Meriti, o juiz executou o mandado de prisão preventiva que estava aberto contra Rodrigo.

Fonte: Pedro Zuazo/O Globo
Foto: Gustavo Miranda

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