Eduardo Campos e Marina Silva se reunirão nesta quinta-feira (5) na capital paulista. O presidenciável do PSB e sua companheira de chapa tentarão superar suas divergências em relação aos rumos da campanha em São Paulo. O PSB de Campos insiste em integrar-se à coligação do governador tucano Geraldo Alckmin, que disputa a reeleição. Marina e sua Rede preferem o lançamento de um candidato próprio ao Palácio dos Bandeirantes.
Na expectativa de que o impasse seja dissolvido, o comando do PSB paulista convocou para esta sexta-feira (6) um encontro estadual. Nele, planeja-se aprovar um indicativo de apoio ao governador tucano. A grossa maioria da legenda trabalha com a expectativa de acomodar na vice de Alckmin o deputado federal Márcio França, que preside o diretório do PSB em São Paulo.
Em público, Eduardo Campos insinuou que não cogita intervir no diretório paulista do PSB. Em privado, ele sinalizou aos correligionários que dirá a Marina que se considera de mãos atadas. Havia concordado com a tese da candidatura própria. O PSB indicara Márcio França. Mas a Rede torceu o nariz. Como não planeja uma intervenção, sugerirá que PSB e Rede caminhem separadamente em São Paulo.
Prevalencendo esse encaminhamento, o PSB, que já integra a atual gestão de Alckmin, ficaria à vontade para negociar sua incorporação ao projeto reeleitoral, dessa vez na condição de vice. E a Rede, embora esteja hospedada no PSB, apoiaria outro candidato, possivelmente Gilberto Natalini, do PV.
A hesitação do PSB levou Alckmin a abrir negociação com Gilberto Kassab, do PSD, que também deseja ser seu vice. Mas o governador disse a correligionários que prefere ter como número de sua chapa um representante do partido de Eduardo Campos. Um auxiliar de Alckmin informou ao blog que ele deve se reunir na noite desta quinta-feira com Márcio França, o presidente do PSB paulista.
Precavido, Alckmin decidiu usar todo o tempo que o calendário da lei eleitoral lhe oferece. Marcou a convenção em que o PSDB formalizará sua recandidatura para 27 de junho, três dias antes do encerramento do prazo legal. Até lá, espera que o PSB já tenha superado o drama existencial em que mergulhou depois que Marina se associou a Campos.


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