Sem insumos, doses da vacina podem acabar no final de janeiro. Pazuello e Ernesto Araújo estão em contato com o governo chinês, mas postura bélica do ministro das Relações Exteriores atrapalha negociações.
O governo Bolsonaro está às voltas desde esta segunda (18) com a falta de informação da China a respeito do prazo para envio do IFA, o princípio ativo da vacina do Instituto Butantan, fabricada em parceria com a chinesa Sinovac. O temor é que, sem o insumo, as doses de CoronaVac acabem no final de janeiro, quando termina o estoque disponível.
No governo federal, estão em contato com a China o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. No entanto, por conta da postura bélica e dos ataques do chanceler à China — em sintonia com a família Bolsonaro —, assessores presidenciais temem que Ernesto não obtenha informações precisas sobre o prazo da entrega dos insumos antes do término do estoque disponível: fim de janeiro.
Por isso, há uma discussão entre auxiliares presidenciais sobre se não seria o caso de o próprio presidente Bolsonaro contatar o presidente chinês. Outro cenário em debate, nos bastidores, é montar uma força-tarefa com ministros com boa relação diplomática com a China, como a ministra Tereza Cristina (Agricultura), e até o vice-presidente, Hamilton Mourão. O impasse em relação a Mourão, admitem governistas, seria a liberação de Bolsonaro para que o vice tenha protagonismo numa questão dessa magnitude.
Ao blog, Mourão disse que está à disposição para contatar a China e ajudar na questão dos insumos, já que tem boa relação com o vice-presidente chinês.
Perguntado se ele já havia feito contato com alguém da diplomacia chinesa para ajudar na questão dos insumos, ele respondeu:
“Por enquanto não falei, mas estou disponível, estou pronto. Tenho falado com o vice-presidente chinês (Wang Qishan), ele me desejou melhoras durante o meu período da Covid-19 e estamos em permanente contato”.
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Fonte: Andréia Sadi/G1

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