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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

SE APROFUNDAR, CAI MUITA GENTE, DIZ PROMOTOR QUE INVESTIGA LARANJAS DO PSL.

Fernando Abreu afirma que prática é generalizada em todo o Brasil.

O promotor eleitoral Fernando Abreu, do Ministério Público de Minas Gerais, responsável pela investigação de supostas candidaturas laranjas ligadas ao ministro do Turismo, Marcelo Álvaro, do PSL, afirma que a prática é "generalizada" em todo o país: "(Se aprofundar) Cai muita gente". "É nacional. E não é do PSL, não é do Avante, não é do MDB. É de todos os partidos", emenda.
Abreu diz que conhece outras apurações sobre essas irregularidades em Minas Gerais, e aposta que casos parecidos surgirão em outros estados.
Em que estágio está a investigação?
Vamos ouvir todas as pessoas que participaram de contratações e da campanha eleitoral. Temos que começar a desenhar o cenário ouvindo quem já foi mencionado. São 20 pessoas. Sete em Belo Horizonte, uma em Brasília e o restante em cinco cidades do interior de Minas Gerais. Fora de Belo Horizonte, eu já mando as cartas precatórias com as perguntas e eles só vão ouvir os depoimentos para mim.

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro, que presidiu o PSL em Minas Gerais, será ouvido?
Neste primeiro estágio, não. Só pessoas em níveis de campanha no estado. Até para ver se vai chegar a alguma coisa. Pode ser que não chegue a absolutamente nada. Está tudo muito no início. A representação chegou há uma semana. Acho que está distante ainda do ministro Marcelo Álvaro. Do Gustavo Bebianno, mais ainda. Tem que ter algo que ligue ao Marcelo Álvaro.
Qual a previsão para a conclusão das oitivas?
Já foram agendadas oitivas aqui em Belo Horizonte na sexta-feira agora, eu acredito que até semana que vem já estão encerradas. Agora, tem as precatórias do interior. Depende da agenda do pessoal lá. Eu pedi urgência, liguei, conversei com um por um, solicitando uma atenção especial, até em razão da publicidade que foi dada ao caso, para ver se acelera logo, porque é péssimo ficar com isso no gabinete. Só que depende da agenda deles. Não depende mais de mim. Seguramente o pessoal cumpre em 10, 15 dias.
Seus pedidos por telefone foram bem recebidos?
Com certeza.
As 20 pessoas são todas do PSL?
Não necessariamente estão ligadas ao partido. Tem empresas que prestaram serviços. Gráficas, por exemplo. É preciso saber a natureza do serviço prestado, quem efetuou o pagamento, esses detalhes básicos de contratação.
Se houver gráficas que prestaram serviços irregulares a vários partidos, mais investigações podem surgir?
Perfeitamente. O objeto passa a ser um pouco diferente, mas com certeza. Se aparecer alguma ilegalidade, ainda que não relacionada com esse fato nas investigações, outros procedimentos serão abertos. Assim como eu tenho ciência que existem, no âmbito da Procuradoria Regional, outras apurações envolvendo supostos candidatos laranjas de outros partidos. Isso não é um procedimento do partido A ou B, isso é um procedimento que está generalizado em praticamente todos os partidos. Quem quiser fazer uma apuração completa nisso aí vai ver a quantidade de candidatas mulheres que se candidataram e tiveram quantidade ínfima de votos e que nem campanha fizeram. Aí o interesse é o seguinte: tudo bem, estão usando isso para fraudar a cota dos 30% de candidatas mulheres. Agora, a questão é: essas pessoas receberam verba pública? Receberam recursos do fundo eleitoral, do fundo do partido? Isso é dinheiro público. A partir do momento em que essas pessoas receberam e não praticaram nenhum ato de campanha, a gente precisa saber para onde foi esse dinheiro, porque tem uma ilegalidade aí. É dinheiro público.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA AQUI

Fonte: Eduardo Barretto/Época
Foto: Reprodução/TV Globo

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