O texto abaixo, para melhor acepção dos sentidos, fica melhor ouvindo ‘As Canções que Você Fez para Mim’, de Roberto Carlos. Sem prejuízo ao entendimento, ‘Olhos nos Olhos’, de Chico Buarque, também ganha relevo.
Uma fatura em pleno dia dos namorados trouxe o valor de um coração destroçado de um advogado potiguar que não quer mais amargar a dor da rejeição e busca uma compensação, nem que seja financeira.
Seiscentos e oitenta e cinco reais é o valor cobrado pelo Romeu à Julieta esquiva.
Os custos foram por 42 dias, de 02 de abril a 14 de maio.
Foram dois quadros com moldura e fotos, um livro do Pequeno Príncipe, dois buquês de flores, dois encontros na Padaria Mercatto, um encontro no Rei do Caldo (sai um caldo da caridade, por favor, para esse coração partido) e dois encontros no Restaurante Irachai, conforme na imagem que ilustra essa crônica do antagonismo romântico.
A nossa Julieta, uma médica, explicou em mensagens curtas o fim do relacionamento.
Pelo que entendemos, tão curta quanto as mensagens era o dote desse Romeu ora destroçado.
“Considero que o preço ainda foi caro pelos serviços prestados”, afirmou taxativa.
Não houve relação custo/benefício vantajosa para Julieta, pois faltou talento a Romeu.
Como é 12 de junho, o blog se imbuiu do espírito de cupido e se compadeceu desse rapaz.
“Em que cenário você poderia dar uma chance a esse homem que suplica estar ao seu lado?”, indagamos esperançosos.
“Em nenhum cenário”, respondeu Julieta, espalhando desesperança sobre a credor dos 685 reais.
“Recalque total [mandar a fatura]. Além de achar que, pelo menos meu bolso, seria sensível a alguma provocação dele. Já que nada mais tem surtido efeito”, cravou a médica, não deixando margem para nenhum outro apelo.
Do começo de abril, só resta o engano de Julieta de ter acreditado na história do Pequeno Príncipe. “Lembrar que o Pequeno Príncipe só era príncipe lá no planetinha dele”.
Como não perguntamos a trilha sonora do casal, só restaram as lamentações de Roberto Carlos.
Fonte: Dinarte Assunção/Blog do BG
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