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domingo, 23 de agosto de 2015

PREFEITURAS CONSTROEM RAMPAS PARA CADEIRANTES NO MEIO DO NADA.

Desperdício do dinheiro público: Prefeituras do interior do Paraná construíram rampas para cadeirantes no meio do nada e que não levam a lugar nenhum.

As rampas são de acessibilidade, mas o difícil é entender: Acesso para onde Em Alto Piquiri, no Paraná, se o cadeirante se aventurar pela rampa, vai parar no mato. Uma outra dá no muro. Uma terceira fica bem ao lado de um bueiro sem tampa.
Além de muitas rampas em calçadas onde a passagem para cadeirantes e até pedestres é muito difícil, alguns casos chamam ainda mais atenção. Até mesmo em uma rua sem asfalto existe uma obra de acessibilidade no meio do nada, que leva a lugar nenhum.Ainda mais inusitada é a explicação para essas obras sem sentido. O prefeito de Alto Piquiri alega que precisa construir rampas, não importa onde, para receber verbas do governo do estado para asfaltar as ruas. “Se mandar o projeto para lá sem as rampas, não é aprovado. Tem que ter as rampas. Independentemente de ter calçada ou não”, diz Luis Carlos Cardoso, prefeito de Alto Piquiri.
A Associação de Engenheiros e Arquitetos do noroeste do Paraná critica a falta de planejamento nas obras de acessibilidade. “As prefeituras têm que ter uma coordenação, uma fiscalização mais adequada sobre isso. No momento em que são executadas, elas devem ter a conexão com as calçadas já para proporcionar a devida acessibilidade ao cadeirante”, afirma um representante.
As rampas que não levam a lugar algum também são encontradas em outras cidades da região. Em Umuarama, os cadeirantes não conseguem atravessar uma avenida, porque só tem rampa de um lado da pista.
“Agora a gente consegue, depois de dois apoios, todo trânsito parado, olhando para gente. Aí, a gente consegue”, diz Sandra Regina Rossi, mãe de cadeirante.
Em Paranavaí, tem rampa que termina em um poste. E em Cianorte, um caminho dá em uma árvore. “As autoridades têm que se conscientizar que o cadeirante faz parte da sociedade, o cadeirante não está dentro de casa. O cadeirante saiu de casa agora e a gente precisa ter acesso”, diz Sandra Regina Rossi.
A Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Paraná disse que libera os recursos, mas que a execução da obra é das prefeituras. Em Paranavaí, a previsão é de que as calçadas fiquem prontas este ano. E, só depois, os postes então vão ser trocados, vão ser tirados da frente da rampa para cadeira de rodas. Em Cianorte, a prefeitura também disse que as rampas eram uma exigência para liberar os recursos e prometeu que as calçadas vão ser feitas. Em Umuarama, as obras ficam prontas ainda este mês.

Fonte: G1/http://www.revistadigitaldenoticias.com.br/

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