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segunda-feira, 13 de junho de 2011

MARINA SILVA PRESSIONA PV POR MUDANÇAS, MAS NÃO DEFINE SE DEIXA PARTIDO.

Com ameaças veladas de deixar o PV, a ex-senadora Marina Silva reforçou hoje a pressão contra a direção de seu partido. Destacando o capital eleitoral obtido com seus 20 milhões de votos na eleição presidencial, Marina disse que os dirigentes devem ser renovados, numa estratégia que, indiretamente, a coloca no centro da disputa de poder entre os verdes, embora ela negue tal interesse. Em entrevista ao "Roda Viva", da TV Cultura, que vai ao ar hoje à noite, ela afirmou que o partido não pode manter as "mesmas pessoas nos mesmos cantinhos". Sobre a possibilidade de deixar o PV, partido que ingressou para disputar a Presidência, ela evita ser categórica. Diz apenas que não pode permitir dentro do PV o que prega para que não seja feito por outros partidos.
- Os mais de 20 milhões de votos são muita responsabilidade para acharmos que vão ficar (na direção) as mesmas pessoas nos mesmos cantinhos de sempre. A política envelhece quando as pessoas não são capazes de receber novas contribuições - disse ela, que vem travando uma disputa ferrenha com o grupo que atualmente lidera a sigla.
A última vez em que Marina esteve reunida com o comando do PV foi em março deste ano, durante reunião da Executiva Nacional. À ocasião, colocou na mesa propostas como a que prevê eleição para presidente, sem possibilidade de reeleição. Foi esse o ponto mais perturbador na disputa entre os dois grupos.
Presidente nacional do partido desde 1999, José Luiz Penna é contra as mudanças propostas pelo grupo de Marina, que inclui, entre outros, Fábio Feldmann, Afredo Sirkis, Fernando Gabeira. Procurado, Penna mandou informar que não falaria sobre assunto.
Sobre a possibilidade de deixar o PV, Marina faz jogo de cena. Ao ser questionada diretamente se havia ou não a possibilidade de deixar o partido, diz que prefere se manter no desafio de fazer com que o partido interaja com "órgãos vivos" da sociedade. Diante da insistência para se posicionar, inclusive se havia dado prazo para a cúpula partidária, Marina sai pela tangente:
- Não quero discutir prazo. O que há é o prazo da democracia, o que não se resume às eleições - disse ele. - Estamos agora diante de um grande desafio: fazer por nós o que propomos aos outros. O PV tem 25 anos, conquistou avanços, mas ainda tem comissões provisórias.
Ainda no programa, Marina fez questão de não se lançar antecipadamente à disputa eleitoral de 2014.
- Para mim não existe cadeira cativa de candidato. A eleição me ensinou que oposição por oposição é atraso na política, assim como a mentalidade de situação por situação - disse ela, num sinal claro de que sua situação partidária daqui em diante ainda não está definida.
Marina também defendeu as escolhas das senadoras Gleisi Hoffmann para a Casa Civil e Ideli Salvati para a pasta de Relações Institucionais. Ao defender maior participaçlão das mulheres na política, brincou:
- Quando são três homens no poder não há estranhamento. Se fossem três extraterrestres aí deveria ter estranhamento.

Fonte: Flávio Freire/ O Globo

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