Presidente também voltou a atacar a Anvisa, ao afirmar que decisão da agência de liberar vacinação para público infantil é "inacreditável".
O presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu neste domingo (19/12) a exigência de receita médica para liberar a vacinação de crianças de 5 a 11 anos. E durante conversa com apoiadores, no Guarujá, litoral paulista, o chefe do Executivo federal voltou a falar que a imunização do público infantil precisa da autorização dos pais..“O que pretendemos fazer? Vacina para crianças só se autorizada pelos pais. Se algum prefeito, governador ou ditador quiser impor é outra história, mas do governo federal tem que ter autorização dos pais e uma receita médica”, declarou.
Na conversa, o presidente também disse que a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de liberar a aplicação da vacina da Pfizer/BionTech contra a Covid-19 para o público pediátrico de crianças de 5 a 11 anos é “inacreditável”.
“Estamos trabalhando. Nem a tua é obrigatória, é liberdade. Criança é coisa muita séria. Não se sabe os possíveis efeitos adversos. É inacreditável – desculpa aqui –, o que a Anvisa fez. Inacreditável. Se depender de mim, é o pai que decide. Você que decide. Não é governador, não”, disse o presidente.
A liberação da agência reguladora ocorreu na última quinta-feira (16/12). No mesmo dia, durante transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro disse que não interfere no órgão, mas que pediu o nome de quem aprovou a vacinação do público infantil.
“A Anvisa não está subordinada a mim – deixar bem claro isso. Não interfiro lá. Eu pedi, extraoficialmente, o nome das pessoas que aprovaram a vacina para crianças a partir de 5 anos. Nós queremos divulgar o nome dessas pessoas para que todo mundo tome conhecimento de quem são essas pessoas e, obviamente, formem o seu juízo. […] Você tem o direito de saber o nome das pessoas que aprovaram a vacinação a partir de 5 anos para o seu filho”, disse o presidente na ocasião.
No dia seguinte, a Anvisa divulgou dura nota, na qual disse “repudiar e repelir com veemência qualquer ameaça explícita ou velada que venha constranger, intimidar ou comprometer o livre exercício das atividades regulatórias do órgão”.
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Fonte: Mayara Oliveira/Metrópoles
Foto: Reprodução
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