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sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

MÉDICO DISTORCE ESTUDO PARA ATACAR VACINAS E É DESMENTIDA PELO AUTOR

Diferentemente do que ela diz, artigo não demonstra lesões em órgãos humanos decorrentes da imunização contra a Covid-19

Médica antivacina faz declarações falsas contra as vacinas desenvolvidas para combater a Covid-19 em um vídeo que circula por WhatsApp e pelo Kwai.

Já no início do vídeo verificado pelo Projeto Comprova, Maria Emilia Gadelha Serra apresenta parte de um estudo para defender a tese de que os imunizantes causam lesões em órgãos humanos. O autor do artigo, contudo, nega que essa seja a conclusão da análise, explicando que o estudo, na verdade, atesta que a vacina deu imunidade a um paciente que morreu por embolia pulmonar, não associada ao imunizante e nem à Covid-19.

A médica expôs, ainda, foto e vídeo de autópsias que seriam, supostamente, de pessoas que tiveram complicações nos vasos sanguíneos e sustenta que elas vieram a óbito por conta dos imunizantes.
Não são informadas as fontes dos estudos relacionados às imagens apresentadas, portanto, não foi possível assegurar que, de fato, se trate de uma cena gravada com pacientes que tiveram problemas gerados pelas vacinas, e sequer identificar se o vídeo se trata de um procedimento realizado em território nacional.

Procurada, a Anvisa ressaltou que os dados de reação adversa e outros estudos não alteram o perfil de segurança conhecido para as vacinas em uso no país e que já foram publicados alertas sobre ocorrências de casos raros de trombose, miocardite e pericardite.

Ao ser procurada, a médica não respondeu aos questionamentos da reportagem.
O Comprova considerou o conteúdo falso porque é inventado ou sofreu edições para mudar o seu significado original e divulgado de modo deliberado para espalhar uma mentira.

A médica antivacina também apresenta um slide contendo a foto do patologista-chefe da Universidade de Heidelberg, Peter Schirmacher, e um texto afirmando que ele realizou mais de 40 autópsias em pessoas que morreram duas semanas após receber a vacina contra a Covid.

A imagem sustenta que, de acordo com o especialista, de 30% a 40% destas pessoas morreram em decorrência das vacinas. Por fim, apresenta que o médico teria dito que as consequências fatais da vacinação são "subestimadas". Este assunto já foi verificado por sites como Boatos.org e Observador, de Portugal, e considerado falso.

Conforme publicou a imprensa alemã em agosto deste ano, trata-se de uma suposição do patologista que de 30% a 40% das pessoas que morreram dentro de duas semanas após a vacinação possam ter sofrido reações ao imunizante.

Fonte: Folha De SP
Foto: Folhapress

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