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quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

CÂMARA DE NATAL CONVOCA SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO PARA EXPLICAR PISO DOS PROFESSORES

Caso Prefeitura não pague o reajuste, a categoria entra em greve na próxima sexta-feira 10

A Comissão de Educação, Cultura, Ciência, Tecnologia e Inovação (CECCTI) da Câmara Municipal de Natal aprovou, nesta terça-feira 7, a convocação da secretária municipal de Educação, Cristina Diniz, para debater sobre o não pagamento do reajuste do piso dos professores do município, que está motivando uma greve da categoria a ser iniciada na próxima sexta-feira 10. A audiência com a titular da pasta da Educação está prevista para o próximo dia 16, às 9h, no plenário da Câmara Municipal.

Durante a realização da reunião da CECCTI, nessa terça-feira 7, os vereadores debateram junto com representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinte-RN) sobre o indicativo de greve por causa da falta do pagamento do reajuste do piso do magistério municipal. “O piso da Educação é uma conquista não só da categoria, mas de toda sociedade, e seu descumprimento é uma afronta”, comentou a vereadora petista Brisa Bracchi, presidente da Comissão.

A vereadora ainda citou que foi nossa a última reunião ordinária da CECCTI. “Fizemos um trabalho importante ao longo do ano, tanto dentro da Câmara quanto em fiscalizações nos equipamentos de educação e de cultura. Concluímos o ano debatendo uma vez a questão do piso salarial dos professores e os recursos do Fundeb. Como convidamos as secretarias de Educação, de Administração e o NatalPrev e nenhuma delas compareceu, aprovamos a convocação extraordinária da secretária. Importante que foi colocado que há o desejo de não ocorrer greve, de modo que haja proposta para pagamento do reajuste”, destacou.

Os vereadores Robério Paulino (PSOL), Hermes Câmara (PTB), Bispo Francisco de Assis (Republicanos) e Pedro Gorki (PCdoB) também aprovaram a convocação da titular da Educação municipal. “Ao meu ver, a greve tem tudo para ser uma grande mobilização porque se justifica por uma questão vital, já que existe a necessidade de que o salário seja atualizado. Buscaremos todo o caminho para dialogar e não haver greve desde que venha proposta para o cumprimento da lei”, destacou o vereador Pedro Gorki. O vereador Anderson Lopes (Solidariedade) também participou da reunião.

Piso dos professores

Os educadores de Natal decidiram entrar em greve na próxima sexta-feira 10. A categoria está lutando há quase dois anos pela atualização salarial de 2020. Se espera que até o último dia útil desta semana a Prefeitura chame o Sindicato para dialogar e apresentar nova proposta. Enquanto isso, os profissionais vão conversar com alunos e pais para explicar os motivos pelos quais decidiram paralisar as atividades por tempo indeterminado. Desta forma, vão buscar apoio da comunidade escolar a fim de fortalecer a luta.

Em audiência na Câmara de Natal, o em outubro passado, os professores apresentaram dados do Relatório de Execução Orçamentária do 4° bimestre com os dados até o mês de agosto, que apontaram para um superávit de R$ 63 milhões do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Segundo a categoria, pagando 12% do piso, como reivindica, seriam utilizados R$ 44 milhões.

O coordenador do Sinte-RN, Bruno Vital, declarou que ainda há tempo hábil para que seja apresentada uma proposta que evite a greve. “A Prefeitura não conseguiu apresentar uma proposta que contemple a totalidade do piso que não é atualizado desde 2020. Desejamos encerrar a discussão para que tenhamos proposta de 12,84% de reajuste do piso como manda a lei. Há dois anos a gente tenta dialogar. Mesmo com arrecadação acima do previsto no Fundeb, suficientes para repor o piso e investir nas escolas, o prefeito continua negando esse direito aos professores, então o recurso que temos a usar agora é a greve”, explicou.

Além de exigir a atualização salarial do ano passado, a categoria cobra da Prefeitura condições de trabalho, isso porque, segundo o Sinte-RN, falta biossegurança nas escolas e nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), bem como infraestrutura nos prédios.

Fonte: Agora RN

Foto: CMN

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