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sábado, 4 de dezembro de 2021

À ESPERA DE ALCKMIN, LULA CONVERSA COM PSD SOBRE RODRIGO PACHECO

Enquanto espera que Alckmin decida se aceita ser candidato a vice em sua chapa e a qual partido vai se filiar, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai criando espaço para uma aliança com o PSD.

Na sexta-feira, Lula se reuniu em São Paulo com Adalclever Lopes, ex-deputado estadual mineiro que vai coordenar a campanha do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), para o governo de Minas Gerais – segundo maior colégio eleitoral do país, atrás somente de São Paulo. 

Kalil deve oferecer palanque ao petista em 2022, o que, nos cálculos de Lula, poderia ajudá-lo a atrair o partido de Gilberto Kassab e Rodrigo Pacheco para uma aliança com o PT já no primeiro turno.  

Parte do PSD defende a antecipação do apoio a Lula, caso o nome de Pacheco, que é o pré-candidato do partido, não decole nas pesquisas até março.

Por ora, o acerto já feito entre Lula e Kassab é que o PSD deverá apoiar o petista no segundo turno. Mas essa ala do partido, que inclui mineiros ligados a Kalil, torce para que Lula acabe não fechando com Alckmin e opte por convidar Pacheco para a vice. 

Nas conversas com petistas, eles têm usado dois argumentos para defender a aliança já no primeiro turno.

Para o PSD, o movimento valeria a pena porque Pacheco disputa a mesma fatia de eleitorado que outros candidatos que hoje têm mais tração nas pesquisas, especialmente Sérgio Moro, o que diminui suas chances.

Já para Lula, Pacheco como vice teria o mesmo efeito de Alckmin, produzir uma imagem de moderação e atrair o eleitorado de centro e centro-direita. Traria, ainda, a vantagem de representar uma chapa geograficamente mais diversa, uma vez que Lula e Alckmin são “pão com pão” (por envolver apenas políticos de São Paulo). 

Para Gilberto Kassab, que sonha em ter Geraldo Alckmin como candidato ao governo de São Paulo pelo PSD, seria o desenho ideal. 

Por ora, porém, as conversas ainda estão em estágio inicial. O próprio Alckmin tem cogitado a possibilidade de ir para o PSD, uma vez que seus antigos aliados em São Paulo não aceitam a chapa com Lula. 

Todos esses cenários foram conjecturados na conversa do ex-presidente com o emissário de Kalil e, depois, num papo de meia hora entre o prefeito de BH e o ex-presidente, pelo telefone. Além de discutirem política, falaram também da vitória do Atlético Mineiro, que já foi comandado pelo hoje prefeito de BH. 

Caso seja concretizada, a aliança vai produzir mais um híbrido com apelido estranho, o Lulil, em contraposição ao Bolsozema - união do atual governador, Romeu Zema (Novo) com  Jair Bolsonaro. Zema ainda não decidiu, porém, se vai se aliar a Moro ou ao presidente.

Fonte: Malu Gaspar

Foto: Edilson

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