Instituição de Sorocaba (SP) informou que a empresa de marketing prestava serviços para a instituição e ficava com o celular para atendimentos.
Após a repercussão, a cuidadora recebeu propostas de emprego.
Após uma cuidadora de idosos ter sido humilhada por cometer erros de português em mensagens enviadas a um asilo em Sorocaba (SP), o lar decidiu romper o contrato com a empresa de marketing que prestava serviços para a instituição e ficava com o celular para atendimentos.
A administração do Lar Santa Rosália informou ao g1 que tentou entrar em contato com a empresa, responsável pelas agressões verbais, mas que optou por romper o contrato antes mesmo de receber uma resposta deles sobre o ocorrido. O nome da empresa não foi divulgado.
Em nota, o asilo informou que o contrato era para serviços de marketing, mas também os funcionários realizavam uma avaliação e troca de plano de atendimento. "Falamos com o dono, que não se posicionou sobre o fato e disse que estava investigando o caso", diz o texto.
No entanto, mesmo assim, a instituição decidiu romper com os serviços prestados e já contratou uma nova empresa, que está em fase de teste e adaptação.
O caso, que aconteceu no dia 14 de outubro, repercutiu nas redes sociais. A cuidadora Cristiane Barros, de 43 anos, contou que decidiu enviar um currículo para o asilo depois que um amigo comentou que eles estavam precisando de funcionários.
No entanto, foi humilhada por cometer alguns erros de português. Nos prints da conversa enviados ao g1, é possível ver que a atendente corrigiu os erros da cuidadora, que tentou se explicar (leia acima). "Não existe agente, é a gente", escreveu.
"Seria bom você fazer um curso de português. Deve ser por isso que você não consegue uma vaga de trabalho", continuou a funcionária.
Cristiane disse que pediu desculpas e tentou mandar novas mensagens, mas que seu número foi bloqueado pela atendente.
"Eu me senti muito mal. É muito triste pensar que existem pessoas assim, principalmente trabalhando com idosos. Fiquei chateada, porque não sou uma pessoa do mal. Fiz o curso, estou procurando emprego e batalhando por isso. Eu errei, alguns deles foram o corretor e não consegui arrumar. Foi sem querer", relatou.
Procurado pelo g1 alguns dias após o ocorrido, o asilo informou que não tinha conhecimento sobre o episódio, mas que ia apurar internamente o que houve para encontrar o responsável.
Após a repercussão do caso, a cuidadora disse que recebeu ofertas de trabalho em São Paulo e no Rio de Janeiro. Mas em Sorocaba, onde mora, ainda não conseguiu propostas e vai continuar procurando por uma oportunidade na cidade.
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Além de trabalho, muitas pessoas também se ofereceram para ajudá-la a fazer um currículo novo e a dar dicas para que Cristiane vá bem nas entrevistas.
"Deus sabe de tudo. Ele é maravilhoso e sabe o que faz. Sinto que fui escolhida por Ele e que Ele usou as pessoas ao meu redor para me mostrar que ainda existe bondade no mundo. Estou muito feliz e muito agradecida. Ainda estou analisando as propostas. Aceitei a ajuda de refazer o currículo", afirmou.
Fonte: G1
Foto: Reprodução
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