Além da ameaça, o presidente pediu a seus apoiadores que comparem o governo atual com os anteriores.
O presidente Jair Bolsonaro voltou a usar as Forças Armadas para fazer uma ameaça à democracia. Durante evento em São Mateus (ES), o ocupante do Palácio do Planalto evocou os militares para atacar governadores que adotam medidas para conter a disseminação da Covid-19.Bolsonaro também se referiu aos críticos como “os que buscam o poder pelo poder” e se definiu como “um presidente que acredita em Deus, que é leal ao seu povo, que acredita nos militares e que nunca jogou fora das quatro linhas da Constituição”.
“Um presidente que respeita todos os incisos do artigo V, onde estão escritos a liberdade de culto, o direito ao trabalho, o direito de ir e vir e a inviolabilidade do seu lar. Nada que ferisse esses dispositivos nasceu da minha caneta Bic. Não fechei nenhum comércio, não destruí nenhum emprego, jamais decretaria toque de recolher”, repetiu.
A seguir, tornou a tentar se apropriar dos militares. “Tenho as Forças Armadas ao meu lado, sou chefe supremo delas. Jamais elas irão às ruas para mantê-los em casa. Poderão, sim, um dia ir às ruas para garantir a sua liberdade e seu bem maior, que é aquilo previsto em nossa Constituição”.
O presidente ainda pediu que os apoiadores estabelecessem uma comparação entre o seu governo e as gestões anteriores. “Como vivíamos no passado e como estamos hoje, apesar do momento difícil da pandemia?”.
Na quinta-feira 10, Bolsonaro condecorou o comandante do Exército, o general Paulo Sérgio Oliveira, com o grau mais alto da Ordem do Mérito da Defesa.
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Fonte: Leonardo Miazo/Carta Capital
Foto: Alan Santos/PR
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