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sábado, 13 de abril de 2019

PREFEITO DE NOVA YORK CHAMA BOLSONARO DE "SER HUMANO PERIGOSO", RACISTA E HOMOFÓBICO.

Bill de Blasio pede que homenagem ao presidente brasileiro programada para ocorrer no Museu de História Natural dos EUA seja cancelada.

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, chamou o presidente Jair Bolsonaro de "ser humano perigoso" e pediu que uma homenagem a ele programada para ocorrer no Museu de História Natural dos Estados Unidos no dia 14 de maio seja cancelada.
"Bolsonaro não é perigoso somente por causa de seu racismo e homofobia evidentes", afirmou De Blasio na sexta-feira, 12, durante entrevista à emisora de rádio WNYC. "Infelizmente, ele também é a pessoa com maior poder de impacto sobre o que se passará na Amazônia daqui para a frente".
O prefeito comentou a cerimônia de gala da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos para homenagear Bolsonaro como "Personalidade do Ano". O órgão reservou o Museu de História Natural, em Nova York, para realizar o evento e conceder a honraria. Todos os anos, a Câmara escolhe duas personalidades, uma americana e outra brasileira, e as premia em seu jantar de gala para mais de mil convidados, com entradas ao preço individual de US$ 30 mil, que estão esgotados.
O deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente brasileiro, reagiu neste sábado e associou os comentários à onda "globalista".
O evento recebeu críticas pelo posicionamento de Bolsonaro em relação ao meio ambiente. A instituição expressou na quinta-feira profunda preocupação com a homenagem ao presidente brasileiro. "O evento externo e privado, no qual o atual presidente do Brasil será homenageado, foi reservado no Museu antes de o homenageado ser escolhido", ressaltou a instituição no Twitter. "Estamos profundamente preocupados e estamos explorando nossas opções."
Treze representantes de povos indígenas denunciaram nesta semana, em carta aberta publicada no jornal francês Le Monde, que a política ambiental de Bolsonaro os deixa às portas de "um apocalipse". "Esse governo quer monopolizar toda a Amazônia, dessangrá-la ainda mais construindo novas estradas e ferrovias", alertaram a cacique Ivanice Pires Tanone, do povo Kariri Xocó, e o cacique Paulinho Paiakan, do povo Kayapó, entre outros dirigentes.
Desde que assumiu o poder no dia 1.º de janeiro, Jair Bolsonaro pôs em andamento políticas contrárias à demarcação de terras indígenas e às ONGs que lutam contra as mudanças climáticas. Ele transferiu para o Ministério da Agricultura a questão da demarcação de terras indígenas e o serviço de vigilância florestal.

Fonte: AFP/EFE/Estadão

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