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terça-feira, 22 de janeiro de 2019

FLÁVIO BOLSONARO HOMENAGEOU EM 2004 MAJOR PRESO EM AÇÃO CONTRA MILÍCIA NO RJ.

Ronald Paulo Alves Pereira integra grupo que atua em grilagem de terras no Rio das Pedras, considerado o mais perigoso do estado.

Um dos alvos da Operação Intocáveis, que prendeu nesta terça-feira (22) suspeitos de integrarem uma milícia que age em grilagem de terras no Rio de Janeiro, o major da Polícia Militar do Ronald Paulo Alves Pereira, foi homenageado pelo senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) em 2004. Na época, o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Na ocasião, Flávio fez uma Moção de Louvor e Congratulações que homenageasse o policial por "importantes serviços prestados ao Estado do Rio de Janeiro quando da operação policial realizada no Conjunto Esperança no dia 22 de janeiro de 2004", um confronto que teria resultado na morte de três pessoas.
Um deles, segundo o pedido disponível no site da Alerj, é descrito como "o meliante Macumba, líder do trafico no Conjunto Esperança, Complexo da Maré". A operação também teria apreendido dois fuzis M16 A2, uma granada, dois celulares e um rádio — além de projéteis de variados tipos.
Segundo o jornal O Globo, pelo menos cinco pessoas já haviam sido presas até as 8h20min desta terça-feira, entre eles Pereira. A ação agora deflagrada mira em um grupo que atua em Rio das Pedras — considerado o mais perigoso do Rio —, mas os agentes estiveram também em outros endereços da zona oeste, como Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Vargem Grande e Vargem Pequena.
Mãe e mulher de foragido atuaram em gabinete
Segundo o portal G1, Flávio Bolsonaro também homenageou outro suspeito de integrar a milícia que teve a prisão decretada pela Justiça, mas ainda não havia sido localizado às 11h desta terça-feira. Em 2003, o então deputado propôs moção de louvor e congratulações a Adriano Magalhães da Nóbrega, o Capitão Adriano, por prestar "serviços à sociedade com absoluta presteza e excepcional comportamento nas suas atividades".
A mãe e a esposa do Capitão Adriano trabalharam no gabinete do então deputado. Raimunda Veras Magalhães, mãe do investigado, recebia salário líquido de R$ 5.124,62 na Assembleia Legislativa do Rio. Ela aparece em relatório do Coaf como uma das remetentes de depósitos para Fabrício Queiroz, ex-motorista de Flávio — segundo o órgão, o montante depositado na conta de Queiroz chega a R$ 4,6 mil.
Mulher de Adriano, Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega também foi lotada no gabinete de Flávio na Assembleia, com o mesmo salário da sogra.
Ex-capitão do Bope, Adriano foi preso duas vezes, suspeito de ligações com a máfia de caça-níqueis. Em 2011, Adriano foi capturado na Operação Tempestade no Deserto, que mirou o jogo do bicho. Segundo o MP, o capitão era o responsável pela segurança da chefe da quadrilha, Shanna Harrouche Garcia, filha do bicheiro Waldomir Paes Garcia, o "Maninho", morto em 2004. Três anos depois, Adriano foi demitido da PM, considerado culpado das acusações de associação com a contravenção.

Fonte: Gaúcha ZH
Foto: José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo

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