Nas últimas 24 horas, a superfície da mina cedeu 12,5 cm, segundo informou a Defesa Civil em outro comunicado, publicado às 9h53 desde domingo.
A Defesa Civil de Maceió informou que a mina nº 18, da Braskem, sofreu um rompimento, que pôde ser percebido num trecho da Lagoa Mundaú, bairro do Mutange, às 13h15 deste domingo (10). O órgão divulgou um vídeo no qual pode ser visto o impacto do rompimento na lagoa.
Na nota, publicada às 14h37, a pasta afirma que técnicos estão monitorando o local em busca de mais informações. "A Defesa Civil ressalta que a mina e todo o seu entorno estão desocupados e não há qualquer risco para as pessoas", complementa.
Nas últimas 24 horas, a superfície da mina cedeu 12,5 cm, segundo informou a Defesa Civil em outro comunicado, publicado às 9h53 desde domingo.
Desde o dia 30 de novembro, quando a região começou a ser monitorada, a superfície já afundou 2,35 metros. A velocidade vertical registrada nesta manhã foi de 0,52 cm/hora. Na tarde do sábado (9), a velocidade registrada era de 0,54 cm/h, e a superfície havia cedido 13 cm nas 24 horas anteriores.
O órgão permanece em alerta devido ao risco de colapso da mina da Braskem. Por precaução, a recomendação é que a população não transite na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo.
"A equipe de análise da Defesa Civil ressalta que essas informações são baseadas em dados contínuos, incluindo análises sísmicas", finaliza a nota.
ALERTA EM MACEIÓ
No dia 29 de novembro, a Prefeitura de Maceió, capital de Alagoas, decretou estado de emergência, com duração de 180 dias, devido ao risco iminente de colapso em uma das minas da empresa Braskem.
Outras duas minas vizinhas podem ser atingidas caso ocorra o colapso. A Defesa Civil Municipal trabalha com a projeção de que pode ser aberta uma cratera do tamanho do estádio Maracanã na capital alagoana.
Este problema não é novo. As primeiras rachaduras causadas pelas décadas de mineração de sal-gema em Maceió apareceram em 2018, e as as primeiras famílias foram realocadas devido aos riscos representados pela área de mineração. Em cinco anos, o número ultrapassou as 60 mil pessoas evacuadas de casas localizadas em cinco bairros de Maceió.
Fonte: Diário do Nordeste
Foto: Reprodução
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