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quarta-feira, 12 de maio de 2021

EM CPI, WAJNGARTEN SE CONTRADIZ E RECUA DE DECLARAÇÕES SOBRE ATRASO DE VACINAS. RENAN AMEÇA PRISÃO

O ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten se esquivou nesta quarta-feira, 12, de responder aos questionamentos dos senadores da CPI da Covid. Nas declarações do ex-funcionário do Planalto, ele apresentou contradições com o que disse em entrevista à revista Veja no final de abril.

Na CPI, Wajngarten evitou falar em incompetência do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello no processo de aquisição de vacinas da Pfizer - declaração dada à revista. "O senhor só está aqui por causa da entrevista à Revista Veja, se não, a gente nem lembrava que o senhor existia", disse o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI.

"Vou cobrar à revista Veja, se ele não mentiu, que ela se retrate a ele. Se ele mentiu a essa comissão vou requerer, na forma da legislação processual, a prisão do depoente", afirmou o relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), que decidiu trocar a placa que o identificava e substituiu por uma com o número atualizado de mortos pela covid: 425.711.

O senador Marcos Rogério (DEM-RO), vice-líder do governo, saiu em socorro do ex-subordinado do presidente Jair Bolsonaro. "Renan Calheiros comete abuso de autoridade ao ameaçar o depoente de prisão quando as respostas não atendem às suas expectativas. Estamos diante de uma flagrante ilegalidade".

Wajngarten foi questionado várias vezes por Renan Calheiros sobre o atraso da aquisição das vacinas da Pfizer e sobre um gabinete paralelo de aconselhamento a Bolsonaro sobre a pandemia. Além de Renan, os senadores Omar Aziz e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), presidente e vice da comissão, advertiram o ex-secretário que mentir em uma CPI na condição de testemunha configura como crime.

Após várias tentativas de Renan tentar uma resposta de Wajngarten, começou uma discussão entre senadores governistas e a cúpula da CPI e a sessão teve que ser suspensa temporariamente. Em outro momento da comissão, o presidente da CPI, Omar Aziz, ameaçou encerrar o depoimento de Wajngarten por conta da evasão nas respostas.

"O que eu quis dizer na entrevista é justamente sobre as três cláusulas que eram impeditivas. Eu desconheço quem tenha orientado. O fato é que a gente buscava sempre acelerar a celebração do contrato da Pfizer para que a melhor vacina chegasse aos brasileiros. Infelizmente havia uma lacuna legal", disse o ex-chefe da Secom.

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Fonte: Lauriberto Pompeu/Estadão

Foto: Dida Sampaio/Estadão

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