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sexta-feira, 7 de maio de 2021

COM O DOBRO DE ALUNOS, UNIVERSIDADES FEDERAIS TÊM MESMA VERBA DE 2004 E PODEM PARAR EM JULHO

Orçamento das universidades federais para gastos básicos como água e luz está no nível de dezessete anos atrás, quando país tinha 18 instituições e 700 mil alunos a menos

As universidades federais chegaram ao limite. A verba disponível para investimentos e manutenção em 2021 caiu ao patamar de 2004. No entanto, o Brasil agora tem mais que o dobro de alunos de 17 anos atrás. Por isso, algumas das mais importantes instituições, como UFRJ e Unifesp, já falam em interrupção das atividades a partir de julho. 

De acordo com o Painel do Orçamento Federal, estão livres em 2021 R $ 2,5 bi para as 69 universidades e 1,3 milhão de estudantes. Esse valor é praticamente o mesmo que o orçamento de 17 anos atrás (com os valores definidos pelo IPCA). No entanto, momento, eram 574 mil alunos e 51 instituições 

Os gastos discricionários vão desde as contas mais básicas, como água, luz, limpeza e segurança, como para pagamento de bolsas, compra de insumos para pesquisa e reformas prediais. Com um orçamento muito baixo, os alunos mais pobres perdem a ajuda que os garantias nas pesquisas, pesquisas são interrompidas e, agora que as universidades estão no limite, as contas de água, de luz e de limpeza podem não ser pagas. 

Além deles, há os gastos obrigatórios, a maior parte do orçamento, que são pagos e outras verbas despesas são determinadas por lei. 

– Com o que temos disponível para gastos discricionários hoje, a UFRJ para de funcionar em julho. As aulas só continuam porque estão remotas. Mas todos os serviços da universidade, como os hospitais e as pesquisas, incluindo o desenvolvimento de uma vacina de Covid-19, será interrompidos – afirmou a reitora da universidade, Denise Pires Carvalho. 

Além dos R $ 2,5 bilhões livres, o orçamento das federais também prevê R $ 1,8 bi que podem ou não ser desbloqueados ao longo do ano. Caso isso aconteça, os gastos discricionários chegarão ao patamar de 2006, quando o país tinha apenas 54 universidades federais. Uma fonte ligada a reitores afirmou que há um temor de paralisação em escala nacional nas instituições. 

Em nota, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) também disse que, se não houver liberação dos recursos, a unidade não terá “como arcar com o funcionamento básico a partir de julho”, e, portanto, “o risco de paralisação total é real ”. 

“Para se ter ideia, a ação principal orçamentária, onde se deseja alocados dos recursos para funcionamento da universidade, incluindo despesas básicas como energia elétrica, água, limpeza, manutenção, vigilância, insumos para laboratórios de graduação, entre outros, que em 2020 foi de R $ 66 milhões, hoje, na prática, é de R $ 21,1 milhões, suficiente para manutenção das atividades até o mês de julho. Isso porque estamos no modelo de ensino à distância na maior parte de nossos cursos. Se houver a obrigatoriedade do retorno presencial, não será necessário sequer para as adaptações mínimas necessárias ”, diz a reitoria da Unifesp, em nota. 

Já o Pró-Reitor de Planejamento, Orçamento e Finanças (Proplan) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Fernando Marinho Mezzadri, afirma que todos os terceirizados da área de pesquisa podem ter que ser demitidos. 

– Isso afeta o desenvolvimento da vacina contra Covid que trabalhamos. Efetivamente estamos no limite, não há possibilidade de conclusão do ano dessa maneira – diz. 

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Fonte: O Globo/Agora RN

Foto: Márcia Foletto/Agência O Globo

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