A Secretaria Municipal de Saúde (SMS/Natal) aponta que somente no HC, referência exclusiva para tratamento de pessoas acometidas pelo coronavírus, mais de 1.600 pacientes foram internados e receberam tratamento. Desse quantitativo, 206 pacientes (12,78%) foram pessoas de outros municípios e estados.
Os municípios que mais receberam essa assistência compartilhada no Hospital de Campanha foram: Parnamirim (26), São Gonçalo do Amarante (16), Extremoz (13) e Ceará-Mirim (6). Além disso, em janeiro de 2021 alguns dos leitos do Hospital de Campanha foram colocados à disposição do Ministério da Saúde para receber pacientes amazonenses diante da crise de oxigênio que ocorreu na região Norte do país. Entre os estados brasileiros, Amazonas (34) vem em primeiro lugar, seguido do Rio de Janeiro (8), Paraíba (7), São Paulo (5) e Pernambuco (5).
“No início desse ano fomos solidários aos nossos irmãos do Amazonas e, como o Hospital de Campanha tinha disponibilidade de prestar essa assistência naquele momento, chegamos a receber mais de 30 pacientes nos leitos clínicos. Foi um marco para a Prefeitura do Natal colaborar com uma causa que deixou o Brasil todo alerta e comovido”, comenta Álvaro Dias, prefeito de Natal.
Nas quatro UPAs da cidade (Satélite, Esperança, Potengi e Pajuçara), apesar de não serem destinadas exclusivamente à Covid-19, nos últimos nove meses a procura por algum atendimento relacionado à infecção do Sars-Cov-2 foi significativa, já que essas unidades regulam pacientes para leitos de UTI da rede especializada. No geral, 206.990 pessoas foram atendidas de junho a fevereiro, sendo 191.730 (92,62%) munícipes de Natal e 15.260 (7,37%) oriundos de outras cidades.
“O quantitativo de pessoas que não são de Natal e estão sendo atendidas em nossas UPAs é preocupante. Os Hospitais são todos regulados, então as UPAs são a porta de entrada para pacientes em estado grave. Há dois meses Natal está atendendo acima da sua capacidade. E o segredo para que esse paciente Covid não evolua está em atender nos primeiros sintomas para evitar a evolução da infecção. Por isso temos os centros Covid com atenção básica à disposição dos natalenses com sintomas leves e as UPAs voltadas para atender sintomas mais graves como falta de ar, por exemplo. Mas paralelo a esse universo, existem as outras doenças também”, indica George Antunes, secretário mMunicipal de Saúde de Natal.
A UPA Satélite lidera o ranking de atendimento a usuários que não são de Natal, com um total de 7.426 pacientes de outros municípios durante a pandemia. Em seguida vêm as unidades de pronto atendimento Esperança, com 3.672; Potengi com 2.350; e Pajuçara tendo 1.812. No ranking do perfil desses pacientes, eles são moradores de Parnamirim (2.091), Extremoz (1.305) e São Gonçalo do Amarante (1.239). O total consolidado de atendimentos das UPAs no período de junho de 2020 a janeiro de 2021 soma 206.990.
Fonte: Gláucia Lima
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