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quarta-feira, 31 de março de 2021

EM NATAL, ESTUDANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL DESENVOLVEM PESQUISA SOBRE A VACINAÇÃO

Para especialista, estudo dos alunos da Casa Escola promove o desenvolvimento de adultos conscientes sobre a importância da ciência para a evolução da humanidade

A vacinação contra a Covid-19 tem dividido opiniões pelo Brasil. A maioria da população aguarda ansiosa a vez de receber a vacina, enquanto outros preferem não tomar. Na Casa Escola, instituição que atua da Educação Infantil ao Ensino Fundamental, os estudantes do 5º ano propuseram pesquisar sobre o tema. Desta forma, estão debatendo sobre a história, a relevância e a função das vacinas para a sociedade ao longo da história. 

Desde o início do ano, a professora Ysabele Barra notou entre a turma o interesse em entender mais sobre essa temática que toma conta dos noticiários em todo o mundo. “Com os estudos sobre as vacinas, os estudantes estão podendo reconhecer a relevância da pesquisa para o desenvolvimento da ciência brasileira e compreender fatos da nossa história acerca das doenças que devastaram populações e modificaram a sociedade”, explica. 

Para Ricardo Valentim, professor universitário e diretor executivo do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LAIS/UFRN) – órgão responsável pelo controle dos números e estudos relacionados à Covid-19 aqui no Estado -, todas as escolas deveriam abordar a questão da vacinação como pauta educacional para, assim, formar adultos conscientes com relação à importância das vacinas para a saúde de todos. 

“Na hora em que a escola passa a debater um tema como a vacinação em sua grade curricular, o estudante pode se tornar um indutor de conscientização e difusão da informação e da educação em saúde. A escola é uma das instituições de maior credibilidade na sociedade, é um ambiente onde se preparam indivíduos para o agora e para o futuro, além disso, é uma importante reprodutora das políticas de saúde pública do país”, afirma o pesquisador. 

Na visão do especialista, “os frutos das pesquisas científicas contribuem com a evolução e a melhoria da sociedade, como os avanços tecnológicos, os estudos sobre o tratamento do câncer, as imagens médicas, o desenvolvimento de medicamentos, entre outras”, enfatiza. 

Como atividade da pesquisa, os alunos realizaram a leitura do livro Ludi na Revolta da Vacina, de Luciana Sandroni, quando puderam refletir, de maneira até divertida, sobre o fato de que a realidade pandêmica é dramática em qualquer época e que a ciência é fundamental para a humanidade. Surgiram personagens históricos importantes durante a leitura e o que mais encantou a turma foi Oswaldo Cruz. 

A aluna Luísa Pereira Küster, de 10 anos, afirma que “a vacina é importante para a sociedade porque serve para prevenir doenças. Sem a vacina, a gente vai continuar nessa situação de confinados em casa ou doentes nos hospitais. Se o Governo tivesse se empenhado em uma campanha obrigatória há mais tempo, os velhinhos estavam vacinados e tudo estaria mais tranquilo”. 

Para amenizar os impactos do distanciamento e engajar mais a turma nos estudos, os alunos produziram mapas mentais com o apoio do Jamboard do Google, criaram uma nuvem de palavras por meio do Azure e usaram o Padlet na hora de fazer a linha do tempo, tecnologias digitais que auxiliaram no aprofundamento do tema de maneira dinâmica. A turma está, ainda, produzindo uma carta aberta à Governadora do Estado do RN, apresentando argumentos que envolvem a importância e a urgência da vacinação contra a Covid-19, inclusive a das crianças. “Todas essas práticas pedagógicas têm repercutido entre as famílias dos alunos de forma positiva”, afirma Ysabele. 

“Achei legal a atividade de estudar sobre vacinas. Fizemos um montão de atividades para conhecer as vacinas nas matérias de Ciências e História. A que eu mais gostei foi a de fazer um mapa mental, uma atividade para a gente se lembrar do que estudou. Fizemos uma apresentação online sobre o assunto, com textos e imagens”, comenta a aluna Luísa. 

De acordo com Ricardo, “enquanto pai de aluno da Casa Escola, posso afirmar que ela vem cumprindo rigorosamente seu papel social, seguindo os decretos e mostrando-se engajada no enfrentamento à pandemia. Os alunos produzem e participam ativamente das atividades mesmo remotamente, vejo o interesse do meu filho em assistir às aulas todos os dias”, comenta.

Fonte: Redação Agora RN

Foto: Divulgação 

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