Milhões de comprimidos de hidroxicloroquina estão encalhados em armazém do Ministério da Saúde, além de hospitais e municípios em todo o Brasil, informa o Estadão.
O produto foi doado por Donald Trump e pela farmacêutica Sandoz em esforço diplomático com participação direta de Jair Bolsonaro, que há quase um ano vem insistindo no uso do medicamento contra a Covid-19 apesar de já ter sido provada sua ineficácia.
O jornal paulistano conta que, em setembro de 2020, Joinville recebeu cerca de 160 mil comprimidos de hidroxicloroquina, o maior lote entregue pela gestão de Eduardo Pazuello de um total de cerca de 3 milhões de unidades que chegaram ao país —sim, é o mesmo Pazuello que depois diria à PF jamais ter recomendado o uso do remédio.
O lote iria turbinar o recém-criado “Centro de Tratamento Precoce” para Covid-19. Mais de cinco meses depois, a droga está encalhada: só 1,26 mil comprimidos foram usados (menos de 0,8% do total), e a prefeitura da cidade catarinense quer devolver o que ainda resta.
O Ministério da Saúde tem cerca de 2,5 milhões de unidades de hidroxicloroquina encalhadas. Questionada via Lei de Acesso à Informação, a pasta reconhece —apesar do discurso do ministro— que o uso da hidroxicloroquina tornou-se prioridade no tratamento da Covid-19 a partir do segundo semestre de 2020.
Os quase 255 mil mortos de Covid-19 no Brasil comprovam o quanto essa “prioridade” foi acertada.
Fonte: O Antagonista
Foto: Web


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COMENTÁRIO SUJEITO A APROVAÇÃO DO MEDIADOR.