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sexta-feira, 12 de abril de 2019

ESTADOS UNIDOS ESPIONARAM 29 INTEGRANTES DO GOVERNO DILMA, DIZ WIKILEAKS.

Números foram grampeados no início da gestão de Dilma Rousseff. Entre os nomes espionados está o de Antonio Palocci.

O site WikiLeaks, conhecido por vazar documentos secretos, revelou neste sábado (4) uma nova espionagem contra o governo brasileiro. De acordo com o G1, informações confidenciais da Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA, na sigla em inglês), revelaram que, além da presidente Dilma Rousseff, 29 telefones de ministros, diplomatas e assessores foram espionados pela agência de inteligência americana.
Os números foram grampeados no início do primeiro mandato de Dilma. Entre os números monitorados, além do telefone via satélite Inmarsat instalado no avião presidencial, com o qual ela se comunica com o mundo quando está a bordo da aeronave, aparecem nomes como o do ex-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, e do então secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, atual ministro do Planejamento. (Confira a LISTA na reportagem do G1)
Segundo o G1, a relação vazada pelo Wikileaks também mostra que quatro números do escritório da presidente no Palácio do Planalto eram monitorados pelos espiões dos EUA, além dos telefones do assessor pessoal da petista, Anderson Dornelles, e da secretária Nilce. Os grampos norte-americanos também foram instalados em embaixadas, no Banco Central e na residência de diplomatas.
Julian Assange, editor-chefe do Wikileaks, afirmou em comunicado à imprensa, de acordo com a Folha de São Paulo, que essa revelação "mostra que os Estados Unidos terão um longo caminho a percorrer para provar que sua vigilância sobre os governos ditos amigáveis acabou". "Os EUA não só tiveram como alvo a presidente Dilma, mas também as figuras-chave com quem ela conversava todos os dias", disse Assange, conforme a Folha.
A divulgação do documento ocorre dias após o encontro de Dilma com o presidente Barack Obama em Washington. Em junho de 2013, uma série de reportagens do jornalista Glenn Greenwald mostrou que o Brasil integrava uma rede de 16 países nos quais há bases americanas de coleta de dados de espionagem. A revelação estremeceu a relação entre os dois países. Dilma, inclusive, adiou a viagem que faria aos Estados Unidos em outubro do ano passado. O encontro só aconteceu nesta semana, poucos dias antes da nova revelação de espionagem.
Ao G1, a assessoria do Palácio do Planalto informou que o governo não irá fazer comentários sobre a lista de telefones grampeados.

Fonte: Época
Foto: Francois Walschaerts/AP Photo

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