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quarta-feira, 17 de agosto de 2016

TESTE DE SEGURANÇA: INVESTIGADORES VOLTAM AO TSE PARA VERIFICAR CORREÇÕES NA URNA ELETRÔNICA.

Nesta quinta-feira (18), os dois grupos de investigadores que obtiveram êxito no Teste Público de Segurança (TPS) 2016 do Sistema Eletrônico de Votação foram convidados a retornar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para verificar se as vulnerabilidades encontradas por eles foram, de fato, corrigidas. Das 10h às 19h, estarão à disposição dos investigadores condições idênticas às que encontraram durante o TPS, para que eles possam executar o mesmo plano de ataque realizado em março deste ano.
O grupo do investigador Sérgio Freitas da Silva, graduado em Administração e Direito, mestre em Administração e com especialização em Engenharia de Sistemas e Gestão Pública, encontrou uma vulnerabilidade na autenticação do Boletim de Urna, documento impresso pela urna eletrônica após o término da votação. “Nós fortalecemos o dígito verificador, aumentando seu tamanho e dando a ele poder de autenticação mediante o uso de criptografia”, explica o chefe da Seção de Voto Informatizado (Sevin) do TSE, Rodrigo Coimbra.
O outro teste exitoso foi sugerido pelo grupo do investigador Luis Fernando de Almeida, doutor em Engenharia Mecânica. Em seu plano de ataque, eles tentaram quebrar o sigilo do voto, a partir de gravação do áudio disponibilizado para pessoas com deficiência visual. “A partir de agora, os eleitores serão informados sobre a ativação do áudio da urna eletrônica. O objetivo da medida é evitar que um eleitor que não precise da funcionalidade tenha o áudio ativado indevidamente. Se isso ocorrer, o mesário pode desativá-lo”, salienta Coimbra.
O Secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giusepe Janino, destaca que a função do TPS é justamente permitir que a Justiça Eleitoral faça melhorias no sistema eletrônico de votação. “Nesses testes, são obtidos resultados bastante objetivos, que nos dão a oportunidade de efetivar melhorias no processo eleitoral, tanto na questão da segurança, quanto na questão da transparência”, ressalta.
O TPS 2016 foi realizado em um ambiente exclusivo, controlado e monitorado por câmeras. Os investigadores tiveram acesso aos componentes internos e externos do sistema eletrônico de votação, como aqueles utilizados para a geração de mídias, votação, apuração, transmissão e recebimento de arquivos, lacrados em cerimônia pública, incluindo o hardware da urna e seus softwares embarcados.
A Resolução do TSE nº 23.444/2015 tornou obrigatória e periódica a realização do Teste Público de Segurança do Sistema Eletrônico de Votação e Apuração. A resolução instituiu o evento como parte integrante do processo eleitoral brasileiro, devendo ser realizado antes de cada eleição ordinária. “Isso significa que, antes das eleições, os sistemas serão abertos para que o cidadão brasileiro, maior de 18 anos, possa se inscrever e contribuir com sua atuação, na medida em que encontrar fragilidades no sistema eletrônico de votação”, finaliza Janino.

Fonte: TSE

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