A suspeita é de que os dirigentes da creche Gotinha de Luz, credenciada pela SES, fraudavam notas fiscais com valores bem acima do real.
A Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado (Deco), da Polícia Civil (PCDF), realiza na manhã desta quarta-feira (29) a Operação Gota D’água. A Deco investiga um convênio entre uma associação e a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SES).
De acordo com a Polícia Civil, os dirigentes da creche Gotinha de Luz, que atendia 900 crianças e era credenciada pela SES, fraudavam notas fiscais com valores bem acima do real. Eles compravam produtos necessários para as crianças, como fralda e comida e, repassavam um valor superfaturado para a Secretaria.
Em 2004, a SES desconfiou do negócio, já que só de um açougue foram solicitadas 1900 fraudas e 880kg de sal de uma vez. "Os valores das notas eram incompatíveis com o porte da creche. Eles não tinham nem lugar para armazenar as mercadorias. Contavam com a impunidade", explicou o delegado-chefe da Deco, Fábio Santos de Souza. O caso então foi repassado para o Ministério Público, que encaminhou para a Polícia Civil. A investigação foi iniciada em 2011, no entanto, apenas no ano passado foi confirmado o envolvimento dos diregentes da creche.
As notas geraram, confirmado, um rombo de R$ 8 milhões, mas esse valor pode se aproximar a R$ 20 milhões aos cofres públicos. Nesta quarta-feira (29), foram apreendidos computadores e agendas relacionados ao esquema. Segundo a Deco, as empresas envolvidas no sistema de fraudes ou não existiam ou não sabiam que seus nomes estavam sendo usados.
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