Os dados do INSS mostram que os beneficiários do Seguro-Defeso saltaram de 1 milhão em 2022 para 1,7 milhão em maio de 2025.
Essa fraude foi escancarada quando se descobriu que municípios como Mocajuba (PA), com cerca de 15 mil adultos, registraram impressionantes 14,7 mil pescadores habilitados para receber o benefício — praticamente toda a população da cidade. Situações semelhantes foram identificadas em localidades do Maranhão, Pará, Amazonas e Amapá, com cadastros inflacionados em até 30% da população adulta.
Crescimento alarmante dos registros
Os dados do INSS mostram que os beneficiários do Seguro-Defeso saltaram de 1 milhão em 2022 para 1,7 milhão em maio de 2025 — um acréscimo de 500 mil em menos de três anos. Em 2024, os pagamentos totalizaram R$ 5,9 bilhões, muito além da produção pesqueira oficial. Um diagnóstico impressionante: no Maranhão, por exemplo, foram registrados 192 mil pescadores para apenas 12 mil toneladas de pescado por ano .
Falta de controles efetivos
A facilidade com que registros fraudulentos foram habilitados expõe uma falha crítica: ausência de fiscalização e falhas técnicas no sistema. Segundo a Folha, medidas como biometria e filtro por local de saque só começaram a ser adotadas em 2024, após intensa auditoria do TCU — com até R$ 2,6 bilhões em benefícios com descontos irregulares detectados.
Medidas adotadas com atraso
Hoje, para requerer o Seguro-Defeso, é obrigatório o registro biométrico (incluindo registros de Título de Eleitor, RG ou CNH), e prefeituras devem homologar os beneficiários, segundo decreto de 25 de junho. Além disso, há um esforço para cruzar dados oficiais e reduzir fraudes. Ainda assim, o TCU iniciará auditoria oficial para apurar os gastos irregulares.
Fonte: Portal de Prefeitura
Foto: Divulgação
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