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domingo, 8 de junho de 2025

BEBÊ SOPHIE PODE SER A MULHER MAIS JOVEM VÍTIMA DE FEMINICÍDIO NO BRASIL

Sophie foi esganada e teve o corpo queimado pelo pai em Campo Grande

A condição de mulher foi o ponto para que Sophie Eugênia, de apenas 10 meses, fosse vítima de feminicídio, morta pelo próprio pai, João Augusto de Almeida, de 21 anos. Ela pode ser a mulher mais jovem do Brasil vítima do crime, sendo a mais jovem do Estado.

O delegado Rodolfo Daltro, que atendeu o caso, foi enfático: “Se ela [Sophie] fosse um menino, não teria morrido”. Sophie Eugênia foi esganada e teve o corpo queimado junto ao da mãe. Levantamentos feitos pelo Jornal Midiamax apontam que o crime cruel transformou a bebê na mulher mais jovem a ser vítima do crime de feminicídio, que foi tipificado em 2015. 

O menosprezo pela condição de mulher foi o que tornou Sophie Eugênia a mulher mais jovem vítima do crime. Uma adolescente de 11 anos é a segunda mulher mais jovem a ser vítima do crime em MS. A garota foi assassinada em Dourados e teve o corpo encontrado em agosto de 2021, em uma pedreira. Ela foi estuprada e, para encobrir o crime, foi morta pelo tio.

A menina foi arremessada de uma altura de 20 metros. Quatro pessoas foram presa pelo crime. O Jornal Midiamax acionou a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), como também a Polícia Civil e o Judiciário, através da Coordenadoria da Mulher, para levantamentos de dados sobre idade de mulheres vítimas do crime de feminicídio, mas foi informado de que não haveria como ser realizado o levantamento. 

Já no Brasil, a bebê de 1 ano Maya Simor foi morta pelo próprio pai, no Espírito Santo. A bebê tinha sinais de agressão. O crime aconteceu em maio deste ano, e o pai de Maya foi preso e indiciado por feminicídio.

O Lesfem (Laboratório de Estudos de Feminicídios) publicou dados em fevereiro deste ano que trazem Mato Grosso do Sul no 1º lugar de feminicídios consumados no país, com 12,6%. Em segundo lugar, vem Mato Grosso, com 11,6% por 100 mil mulheres habitantes.

Logo depois, figura Rondônia, com 11,3%; em seguida, surge o Acre, com 8,9%; e Roraima, com 7,1%. Os dados são referentes a janeiro a dezembro de 2024.

Já a arma mais usada por feminicidas para cometerem o crime é a arma branca, sendo seguida pela arma de fogo.

A tipificação do feminicídio no Brasil foi formalizada com a Lei nº 13.104/2015. Esta lei estabeleceu o feminicídio como qualificadora do crime de homicídio, definindo-o como o assassinato de uma mulher por razões de sua condição de sexo feminino.

Fonte: Thatiane Melo/MidiaMax

Foto: Redes Sociais

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