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segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

IDOSA MORRE SEM ATENDIMENTO E JUSTIÇA MULTA FILHOS POR CRITICAREM MÉDICO.

A Justiça Estadual de Mato Grosso do Sul multou em R$ 10 mil um casal de filhos de uma mulher de 71 anos que morreu em uma unidade de saúde depois de esperar mais de sete horas por uma internação. Inconformados, os filhos expuseram no Facebook o nome e o registro profissional do médico responsável pelo atendimento e o acusaram de assassinato. 

"Mataram a minha mãe!", diz uma das postagens, publicada em 11 de junho, dois dias após o falecimento de Maria do Carmo de Sousa Oliveira nas dependências da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Leblon, na capital Campo Grande.

"Ela ficou infartada das 7:30 até as 15:00 agonizando em cima de uma maca, viva e reclamando de fortes dores no tórax, braços, cabeça e estômago, e pouco foi feito para reverter o quadro", escreveu na rede social o filho Evandro Oliveira, 47, que é enfermeiro. 

De acordo com o relato, o médico "dificultou a transferência para uma unidade hospitalar onde ela teria ao menos uma chance de sobreviver" e "nem os chinelos dela haviam sido tirados do pé depois de horas deitada na maca (...) sem nenhum apoio para a cabeça". 

Segundo o rapaz, ele chegou a conversar com o médico sobre o possível agravamento do quadro em razão da demora no atendimento, mas ele teria dito "em tom de sarcasmo" que "pode agravar e diminuir, sim, mas já fiz tudo o que podia fazer". 

A principal acusação dos filhos é que a internação não ocorreu porque o médico "se negou a mandar a imagem do eletrocardiograma solicitada várias vezes pela regulação para que fosse agilizada uma vaga em hospital". 

Advogado do médico, David Frizzo afirmou ao UOL que seu cliente "deixa o celular pessoal dentro do carro, justamente para que não digam que ele estava usando o celular enquanto trabalha". 

"Ele [o médico] questionou a unidade, pois não tem disponível nenhum meio de transmissão de informações, seja um scanner, seja um celular da unidade", diz o advogado. "O gerente enviou [a imagem] do celular pessoal dele, mas, como constou este fato no prontuário, a família acredita que tenha sido a razão pelo atraso.".

VEJA MATÉRIA COMPLETA AQUI

Fonte: Wanderley Preito Sobrinho/UOL

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