O avanço do contágio pelo novo coronavírus e o risco de esgotamento do sistema público de saúde levaram à adoção de medidas mais rígidas de isolamento social por governos estaduais e municipais em algumas regiões do país. O chamado lockdown, termo em inglês que significa bloqueio total, é apontado por senadores como uma ação efetiva para tentar buscar o controle da epidemia apesar dos impactos econômicos que a medida poderá gerar nessas localidades.
Até o momento, cidades do Ceará, Maranhão, Pará, Bahia e Rio de Janeiro publicaram decreto que restringe a circulação de pessoas e veículos e delimitam atividades essenciais, basicamente as que são ligadas a saúde, transporte, segurança e alimentação. Até a tarde desta segunda-feira (11), o boletim do Ministério da Saúde informou que já foram registradas 11.123 mortos provocadas pela covid-19 e 162.699 casos confirmados da doença em todo o país.
A senadora Eliziane Gama (Cidadania), representante do Maranhão, o primeiro estado a decretar o fechamento total em São Luís e em mais três cidades da região metropolitana, disse que a decisão foi necessária para preservar a vida da população. Ela também criticou declarações feitas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, que chegou a comparar a situação do estado com a crise nos sistemas político e econômico da Venezuela.
“As medidas de lockdown no Maranhão foram necessárias para garantir a vida das pessoas. Aqui não se ignora a doença e nem se envia trabalhador para morte com medo de índices negativos da economia. O presidente fala da Venezuela, mas enquanto o povo agoniza nas UTIs, ele passeia de jet-ski”, disse a senadora no Twitter.
Bolsonaro, que chegou a falar com populares no Lago Paranoá, em Brasília, enquanto circulava em um jet-ski, neste domingo, compartilhou um vídeo nas redes sociais em que exibe uma abordagem de um policial militar do Maranhão dentro de um ônibus. Nele, o servidor exige declaração de trabalho essencial para que os passageiros possam seguir viagem. No post, o presidente não faz referência à data da gravação.
"'Documento e declaração de que vai trabalhar'... Se não tem, desce. Assim o povo está sendo tratado e governado pelo PC do B/MA e situações semelhantes em mais estados. O chefe de família deve ficar em casa passando fome com sua família. Milhões já sentem como é viver na Venezuela", publicou o presidente no Twitter juntamente com o vídeo.
O post do presidente também foi alvo de crítica do senador Weverton (PDT-MA). Para ele, as seguidas declarações do presidente acabam atrapalhando a execução de medidas pelos estados.
“Enquanto líderes mundiais se dirigem à nação para dar tranquilidade com ações efetivas contra a pandemia, Bolsonaro agride quem trabalha. O lockdown foi necessário no Maranhão para evitar uma tragédia. Se não vai fazer nada pelo país, o presidente podia pelo menos não atrapalhar”, afirmou em seu perfil no twitter.
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Fonte: Agência Senado
Foto: Divulgação/Governo do Maranhão


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