O apresentador de TV cogitado para a Presidência diz que seu papel hoje é atrair gente nova para a política — e seguir impactando na vida das pessoas.
À frente do programa que há 18 anos leva seu sobrenome, Luciano Huck é líder absoluto de audiência nas tardes de sábado, quando até 30% dos televisores ligados no País sintonizam a rede Globo para conhecer as histórias que ele conta no “Caldeirão”. Em 2017, o apresentador e empresário de 46 anos transcendeu definitivamente os limites da TV. Seu nome passou a ser cogitado – e com força – para a próxima eleição presidencial. Por enquanto, ele se esquiva. Usando uma linguagem metafórica que evoca o sedutor canto das sereias, Luciano Huck afirma que não será candidato, embora não negue uma aproximação cada vez maior com gente que pensa como ele. “Meu primeiro movimento foi chegar próximo aos movimentos cívicos”, diz, citando o Renova Brasil, criado pelo empresário Eduardo Mufarej, e o Agora! – segundo Huck, “um monte de molecada legal” que está a fim de servir, seja se candidatando, seja pensando em políticas públicas ou mobilizando outras pessoas. “A gente tem que gerar cabeças pensantes, interessantes, interessadas, éticas, altruístas. O meu papel nesse momento — e por isso eu acabei entrando na pauta política — é querer fazer parte de uma voz que vai trazer gente nova para a política. Não que seja eu”.
Com 60% de aprovação dos brasileiros em uma pesquisa recente que avaliou a imagem dos eventuais candidatos a presidente em 2018, Huck se tornou uma peça importante na agenda política. “Eu sei que eu sou uma voz ouvida hoje – e sei que credibilidade se leva uma vida inteira para construir e cinco minutos para perder”, diz. “Estou tateando para ver como eu posso contribuir para que a gente tenha um país melhor”. Estar há 18 anos no comando de um programa que exige rodar o Brasil foi um dos fatores que contribuiu para dar ao apresentador uma nova perspectiva de seu papel no futuro da nação. “A TV me possibilitou conhecer o Brasil em profundidade. Hoje em dia tenho uma visão bem mais clara de o quanto esse país é injusto”, afirma. “Aprendi muito. Acho que eu sou um brasileiro melhor, um cidadão melhor, um pai melhor. No final dessa minha jornada eu quero medir o meu sucesso pelo impacto que eu tive na vida das pessoas”.
Fonte: Celso Masson/IstoÉ
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