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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

DEBATE REÚNE SETE PRESIDENCIÁVEIS EM SÃO PAULO.

Candidatos responderam a questões feitas por adversários e jornalistas.

Na primeira pergunta, eles apresentaram propostas para a segurança.


Sete candidatos à Presidência da República participaram, na noite desta terça-feira (26), do primeiro debate da disputa nacional, realizado pela TV Bandeirantes, em São Paulo. Estiveram presentes nos estúdios da emissora Aécio Neves (PSDB), Dilma Rousseff (PT), Eduardo Jorge (PV), Levy Fidelix (PRTB), Luciana Genro (PSOL), Marina Silva (PSB) e Pastor Everaldo (PSC).
No primeiro bloco do programa, cada um deles respondeu à mesma pergunta: "Qual sua proposta para diminuir a criminalidade no Brasil e em especial para acabar com o domínio das facções criminosas nos presídios?"
Primeiro a responder, Pastor Everaldo (PSC) disse que vai criar o Ministério da Segurança Pública, com capacitação da polícia, "devolvendo a dignidade para o profissional da segurança, com salário digno para o policial e dando as condições para todos os estados e toda a estrutura da polícia, tanto a civil, militar, federal e dos órgãos de inteligência".
Em sua vez, Luciana Genro (PSOL) se apresentou dizendo suceder Plínio de Arruda Sampaio e disse querer "dar continuidade à esquerda coerente". Após críticas ao PT, ao governo e aos adversários, disse que quer "mudar a segurança pública investindo nas polícias e nos direitos humanos e melhorando a vida do povo".
Marina Silva (PSB) disse que 52 mil pessoas são assassinadas por ano no Brasil. Contra isso, defendeu que a segurança pública tenha recursos e meios para a integração das polícias. "Para que a gente possa fazer esforços como o 'Pacto pela Vida', que respeita direitos humanos e ao mesmo tempo combate violência e tráfico de drogas".
Aécio Neves (PSDB) defendeu "uma política nacional de segurança", sem contingenciamento dos recursos dos fundos Penitenciário e Nacional de Segurança. Pregou ainda "uma profunda e rápida reforma" dos códigos Penal e de Processo Penal. "Mais do que isso, é preciso uma articulação definitiva do poder central com os estados".
Dilma Rousseff (PT) disse que a segurança deve ser "compartilhada" entre União e estados. Ela citou como realização de seu governo a criação de centros de controle para atuação conjunta das polícias na Copa. "Por isso, fomos capazes de ter um resultado muito positivo no que se refere tanto a apreensão de drogas quanto de armas".
Levy Fidelix (PRTB) disse que é preciso reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos, mais investimento na defesa das fronteiras por onde passam armas e drogas, citando Paraguai, Bolívia, Venezuela, "países muito amigos, muito hermanos do atual governo". "A minha ideia, entre outras coisas, também é privatizarmos as prisões, imediatamente".
Eduardo Jorge (PV) defendeu a "legalização com regulação" das drogas. "Vai ter um efeito positivo, porque nós vamos poder esvaziar grande parte das penitenciárias, vamos liberar as polícias para atrás dos crimes realmente perigosos e vamos tratar de apoiar as pessoas que precisam de nosso apoio para não usar as drogas psicoativas".
Durante o debate, os candidatos ainda fizeram perguntas uns para os outros sobre diversos temas. No terceiro bloco, responderam questões formuladas por jornalistas da emissora sobre a política econômica, a gestão do Executivo e o "aparelhamento" do governo por indicações políticas.
Ao final, cada um teve oportunidade de fazer as considerações finais.
Marina defendeu uma gestão para que o Brasil volte a crescer contemplando a justiça social e que "unindo as pessoas, possa governar com as melhores". Dilma disse que preparou o Brasil para um "novo ciclo de desenvolvimento", colocando a educação "no centro de tudo". Aécio anunciou que se eleito, terá Armínio Fraga como ministro da Fazenda, prometendo uma política econômica diferente, com "segurança, transparência fiscal e responsabilidade".
Luciana Genro defendeu o rompimento da política econômica que, segundo ela, "submete o Brasil ao capital financeiro". Levy Fidelix pregou uma auditoria "firme e rápida" sobre a dívida pública brasileira, que segundo ele, impede investimentos em políticas sociais. Eduardo Jorge defendeu uma "cultura de paz" na política, "repudiando qualquer radicalismo e direita ou esquerda". Pastor Everaldo reafirmou ser contra o aborto, a legalização das drogas e a favor do Estado mínimo na economia.

Foto: Miguel Schincariol/AFP

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