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domingo, 25 de novembro de 2012

PRESIDÊNCIA QUER EXPLICAÇÕES DO ADVOGADO GERAL DA UNIÃO.

O Palácio do Planalto cobrou explicações de Adams e a presidente Dilma Rousseff se irritou com a corrupção na área de portos na véspera do lançamento de um pacote para o setor. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi informado na quinta-feira da operação da PF e tentou tranquilizar a presidente. A PF também minimizou o impacto político da Porto Seguro. No fim da tarde, a Justiça Federal decretou o sigilo das investigações.
Desde que tiveram notícia do caso, integrantes da AGU passaram a estudar o processo. Na falta de informações da PF, buscavam dados que pudessem indicar o envolvimento de Weber ou a fragilidade das investigações. Weber passou o dia, depois da busca e apreensão e depois de seu depoimento, prestando esclarecimentos internos. Conversou com o ministro Luiz Inácio Adams e outros integrantes do órgão. Até o final do dia, a AGU se negava a confirmar o indiciamento de Weber, sob a alegação de que o processo corre em segredo de justiça. Até o final do dia, Weber permanecia no cargo.
Policiais prendem o diretor da Agência Nacional de Águas.
Entre os órgãos devassados estão a Agência Nacional de Águas (ANA), onde atua desde 2010 o diretor Paulo Rodrigues Vieira, indicado para integrar o colegiado do órgão pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apontado como cabeça do esquema de compra de pareceres técnicos sobre negócios milionários no governo, Vieira foi recolhido à carceragem da PF após prestar depoimento por mais de duas horas.
O diretor foi preso em sua residência, em Brasília, pouco depois das 6 horas da manhã de ontem e não ofereceu resistência. A defesa informou que pediu acesso aos autos do inquérito para poder se posicionar. Os demais órgãos públicos que sofreram buscas foram o Ministério da Educação (MEC), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, Advocacia-Geral da União (AGU) e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
Segundo o delegado Roberto Troncon, superintendente regional da PF em São Paulo, a investigação teve início em março de 2011, quando um servidor do TCU procurou a PF para denunciar o esquema de compra de pareceres técnicos de diversos órgãos públicos, como a Anac, a Ana a Antaq. Tais pareceres técnicos serviam para favorecer empresas que mantinham algum tipo de contrato com órgãos públicos e que dependiam dessa documentação.
O servidor do TCU que denunciou o caso à PF contou que foi procurado por um empresário que lhe ofereceu R$ 300 mil em troca de um parecer. Ele aceitou parte do dinheiro, R$ 100 mil, mas depois se arrependeu, devolveu o dinheiro e delatou o caso à PF. Troncon disse que a investigação logo constatou que não se tratava de um caso isolado. "Constatamos que havia um grupo que contava com dois servidores de agências reguladoras. Este grupo prestava serviços para empresários que tinham interesse em agilizar processos mediante pagamento e favorecimento dos servidores públicos, até mesmo a elaboração de pareceres técnicos sob medidas, contratos para favorecerem interesses privados", declarou. Segundo Troncon, a investigação deve ser concluída em 60 dias.
No total, foram indiciadas 18 pessoas pelo esquema, entre servidores, empresários e advogados, acusados de corrupção ativa, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e tráfico de influência. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), embora investigada, não foi alvo de buscas, conforme havia sido informado inicialmente por fontes policiais.
Outro lado. A advogada Daniele Galvão, do escritório que defende o diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), Paulo Rodrigues Vieira, preso na operação Porto Seguro, considerou "desnecessária" a prisão do cliente. Ela acompanhou o depoimento de Paulo e informou que pediu acesso completo aos autos do inquérito para se posicionar e definir a melhor forma de recorrer.

Fonte: Agência Estado

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