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sexta-feira, 30 de março de 2012

POR VOTAÇÃO, LÍDER DO GOVERNO E VICE DA CÂMARA BATEM BOCA.

Rose de Freitas tentou votar projeto que cria juizados especiais.
Chinaglia acusou vice-presidente de não respeitar o regimento.


O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), bateu boca com a vice-presidente da Casa, Rose de Freitas (PMDB-ES), durante sessão presidida por ela. A discussão se deu quando Chinaglia protestou, no plenário, contra a intenção da deputada de colocar em votação o projeto de lei 1597/2011, que cria a estrutura permanente para as turmas recursais dos Juizados Especiais Federais e os respectivos cargos de juízes.
"A senhora pode ter o método que quiser, mas não queira usar da sua régua para dar a metragem para outros parlamentares. Desta cadeira Vossa Excelência só tem o direito de respeitar o regimento. Se quiser entrar no debate, Vossa Excelência tem que descer dessa cadeira que a senhora ocupa na condição de vice-presidente da Câmara para fazer o debate aqui", afirmou o deputado.
Ele argumentou que não participou da reunião de líderes em que teria sido decidido colocar o projeto em votação. Segundo Chinaglia, o governo não concordou em apreciar a proposta. "Vossa Excelência insinuou ou afirmou que havia um acordo. Vossa Excelência sabe que não havia um acordo. [...] Peço que não atribua às lideranças do governo supostos absurdos", declarou.
O deputado destacou ainda que a criação da estrutura permanente para as turmas recursais traria impacto negativo aos gastos públicos. "Eu queria que Vossa Excelência [...] dissesse quanto é que custa ao país a criação de novas varas. Peço cautela, porque desta cadeira Vossa Excelência sabe que tem muito poder, mas aqui embaixo somos todos iguais", afirmou.
A vice-presidente da Câmara rebateu as críticas e se disse "desrespeitada". "Vossa Excelência faltou com o respeito a sua colega, não à presidente sentada nesta cadeira. Cargos são passageiros, a honra não é. A dignidade não é", retrucou.
A deputada também questionou se Chinaglia havia agido com "rispidez" porque ela é mulher. "Eu quero perguntar se isso é uma questão que mereça Vossa Excelência invadir o plenário com tanta rigidez. Espero que não seja pelo fato de eu ser mulher", disse.
"Acho apelativo dizer que é porque Vossa Excelência é mulher", respondeu Chinaglia. Rose de Freitas encerrou a discussão pedindo que o líder do governo lesse as notas taquigráficas da reunião de líderes para verificar que houve concordância em votar o projeto. Ela acabou não colocando a proposta em votação.

Fonte: Nathalia Passarinho/G1

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