O deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, avisou a aliados que já tem as cerca de 500 mil assinaturas para criar seu partido, o Solidariedade.
Embora negue publicamente ser o operador da nova sigla, desde a semana passada ele vem avisando dirigentes de legendas aliadas que ultrapassou em 200 mil o número mínimo de apoiamentos exigidos pela lei eleitoral.
Para fundar um partido, é preciso apresentar cerca de 500 mil assinaturas certificadas por cartórios eleitorais ao TSE. Antes, é preciso oficializar a abertura de diretórios em ao menos nove Estados. Esses diretórios só podem ser fundados após a sigla obter a assinatura de apoio de 0,05% dos eleitores do local.
Para tirar o Solidariedade do papel, seus criadores optaram por focar a fundação dos diretórios em Estados do Norte e Nordeste, onde o colégio eleitoral é menor.
O presidente formal do partido é o advogado Marcílio Duarte, uma espécie de especialista no assunto -esteve envolvido da fundação de seis siglas nos últimos 24 anos.
À Folha, Duarte confirmou ter ultrapassado as 500 mil assinaturas e disse estar com o processo de oficialização de diretórios em estágio avançado em sete Estados. No Acre e em Alagoas, a sigla já existe.
A legenda tem o apoio da Força Sindical, entidade presidida por Paulinho da Força e que tem estrutura em todo o país. O auxílio garantiu um índice de aproveitamento de assinaturas muito superior, por exemplo, à do PSD, criado pelo ex-prefeito Gilberto Kassab.
A quatro assinaturas coletadas pelo PSD, só uma era aprovada. Processos de certificação do Solidariedade no Acre e em Alagoas mostram que o aproveitamento chegou a 95% em alguns cartórios eleitorais.
Fonte: Daniela Lima e Paulo Gama/Folha de São Paulo
Foto: Joel Silva/Folhapress
Foto: Joel Silva/Folhapress
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